Ensaio: Renault Arkana1.3 TCE 160CV: Melhorar o líder

Por Jorge Farromba

A RENAULT lançou o desafio a um grupo de jornalistas para experienciar o novo ARKANA na sua versão 1.3 TCE de 160cv (além da versão de 140CV).

A aposta da marca centra-se em poder oferecer toda uma panóplia de modelos e versões para, desse modo, ir ao encontro das várias ‘personas’ do modelo e da marca. No particular, este trata-se de um SUV coupé, direcionado para famílias jovens, urbanas e que maioritariamente pretendem espaço e alguma desportividade, bem patente até na venda da versão esteticamente mais desportiva – RS LINE, num segmento de mercado onde o maior cliente da Renault neste modelo é o segmento particular (62% de mercado).

Já o sabíamos da anterior versão de 140Cv no qual a marca afirma a existência de mais de 150 patentes e muito desenvolvimento oriundo da F1; os modelos e-tech fazem parte do plano RENAULUTION da marca para 14 modelos eletrificados com 7 no segmento C, para conseguir em 2030 vir a ser a marca mais verde na Europa.

E esta aposta da marca no segmento C-SUV é importante pois na Europa representa 55% das vendas, sendo que, num momento conturbado para todas as marcas, a Renault orgulha-se de possuir veículos com disponibilidade imediata para venda, muito por causa deste modelo ser fabricado na Coreia do Sul.

Dado que o Arkana representa já 10% do volume de vendas da marca, esta opta por satisfazer o mais possível todos os públicos, num veículo que detém uma forte personalidade, é espaçoso (recordamos que a plataforma, mesmo sendo a mesma do Captur do segmento B, permite mais espaço nos vários parâmetros, onde conta com mais de 4,5 metros de comprimento) e, como todos os novos veículos, possui uma posição de condução mais elevada e amigo do ambiente na utilização da tecnologia híbrida.

E, em estrada?

Diria que, face à versão de 140Cv, este modelo que custa mais 400€ traz como mais-valia um maior binário e uma maior resposta do motor, que se refletem em acelerações mais vigorosas.

Nos trajetos definidos pela marca – AE, estrada nacional (com algum piso degradado) e estradão em terra -, permitiu perceber quatro fatores:

– Estabilidade direcional
– Bom comportamento
– Eficácia do eixo dianteiro na inserção em curva e acompanhamento do eixo traseiro na trajetória
– Conforto.

Mas, também é importante ressalvar e, já o enumerei noutros ensaios, para a importância que devemos dar aos vários elementos de segurança – ativa e passiva – que, ao dia de hoje, qualquer automóvel moderno já os utiliza e nem lhes damos o devido destaque. Trata-se de sistemas de ajuda à condução que não só nos permitem um maior controlo do automóvel como, de facto, evitam acidentes, desde:

– Travagem de emergência
– Ângulo morto
– Sensores de estacionamento dianteiro e traseiro com espetro alargado do campo de visão;
– Câmaras;
– Saída involuntária de faixa de rodagem,
– Cruise control adaptativo, entre outros.

E se no Arkana podíamos citar, logo à partida, mais de 12 desses sistemas, mencionar que a sua utilização evita mesmo muitos acidentes, principalmente por distração, que desse modo, beneficiam o Estado, devido a menores custos com hospitalização, redução da sinistralidade automóvel e maior produtividade nas empresas (devido a numero reduzido de baixas por acidente).

Daí ser importante que todos equacionemos algo que há muito tempo defendo – de que modo podemos/podem/devem ser implementadas medidas para reduzir o envelhecimento do parque automóvel português (13,6 anos em média por viatura). Tomo como exemplo o meu, possuo uma viatura do segmento superior, mas que não possui ainda estes sistemas de segurança e que, depois dos ensaios, tenho de efetuar o exercício contrário: (con)viver sem estes sistemas, acreditem, faz mesmo a diferença, para pior!

Por fim, a menção aos preços. O TCE de 160CV, com consumos de 5,7l/100km, possui nas duas versões um preço final de 35.480€ (Intens) e 38.230€ (RS Line) com uma garantia de 5 anos e plano de assistência incorporado.

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