Ensaio. “Não é um carro, é um Kangoo”: Renault mantém conceito cativante do modelo

Não é um carro, é um Kangoo!

Era esta a publicidade de 1998 com que a marca abordou o consumidor, mostrando, tal como no Twingo, uma abordagem diferente de um automóvel.

Aos dias de hoje a marca e o modelo evoluíram, a tecnologia idem, mas o conceito permanece inalterado. É fácil sermos cativados pelo modelo!

A estética mantém-se como a original: irreverente e ousada, alegre!

As formas mantiveram-se arredondadas, grande altura ao solo, cresceu em altura, largura e comprimento mas também se “aburguesou” – tem um conforto que sobressai, muito espaço interior e capacidade de bagagem, plásticos rijos mas com qualidade de construção, muitos espaços de arrumação e um tablier moderno que, na zona frontal, apresenta um painel de belo efeito visual, similar a madeira.

Ergonomicamente bem construído, possui também muito boa visibilidade, mesmo a lateral com o primeiro pilar com um vidro adicional e, na traseira com a vantagem da câmara traseira. Nestes detalhes surgem itens importantes como o carregamento de telemóvel por indução, sistemas de manutenção de faixa de rodagem (bem calibrado), travagem de emergência, sensores de ângulo morto e estacionamento….

Em estrada, revela-se ágil de conduzir e, não sendo o mais eficaz em termos de aerodinâmica, o seu comportamento é de bom nível e o conforto apraz registar. A caixa de velocidades, bem escalonada, aceita bem a condução a baixa velocidade mesmo em 6ª velocidade e o motor 1.3 de 130 cv (existe o de 100cv) ajuda a manter ritmos de viagem interessantes. Pessoalmente optaria por caixa automática e travão automático ao invés de sistemas manuais, pelo conforto de utilização.

Em termos de consumo, o mesmo oscilou entre os 6,5 e 7 litros em condução mista. Os preços iniciam-se nos 27.000€ (100cv) até aos 35.000€ da versão ensaiada (versão inicial 31.000€).

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