Ensaio. Honda Jazz HEV 1.5 Elegance – Um citadino do segmento superior

O Jazz sempre foi um modelo muito importante na estratégia da Honda nos vários mercados e, em particular, em Portugal, onde serviu como citadino mas também como veículo para longas viagens.

A razão era simples; a fiabilidade, o espaço interior muito bem conseguido, uma bagageira com dimensão superior à da concorrência, uma imagem de marca consolidada e consumos comedidos.

Ao longo dos anos passou por várias evoluções, sendo que a atual é talvez a mais consensual em termos de estética, sem dúvida o ponto fulcral quando pretendemos adquirir um automóvel.

As linhas são mais esculpidas e atraentes num modelo que se assemelha a um minimonovolume. Cresceu em largura e comprimento o que se traduz no seu interior, com muito espaço interior, bem desenhado com materiais de qualidade.

A qualidade de construção não merece reparos mesmo que a maioria dos plásticos sejam rijos. O tablier oferece um desenho tradicional e, nas extremidades, possui um porta-garrafas. Além do painel de instrumentos de boa legibilidade e, com a informação necessária,  encontramos um ecrã central  – podia ser de maiores dimensões  – com o resto da informação.

Na zona da consola central encontramos os botões do AC e dos bancos aquecidos, assim como o seletor da caixa automática e do botão para seleção do modo ECO que ajuda a colocar ainda mais os consumos em valores muito animadores. 

A posição de condução é algo elevada, mas é correta. A visibilidade é excelente contando um terceiro vidro lateral no pilar A e o espaço interior é enorme, face ao segmento e, mesmo face a veículos do segmento superior, sendo que na zona posterior ainda mais tal situação é notória, pois conta com a solução dos ‘bancos mágicos’ que permite elevar o banco traseiro encostando-o às costas do assento traseiro e, com isso,  aumentar enormemente a capacidade da bagageira. 

O motor 1.5 de 122 cavalos híbrido chega e sobra para a relação peso potência deste modelo e, se em cidade, muitas vezes circulamos com o modo elétrico com consumos próximos do 0  (sistema de regeneração da bateria muito eficaz), em estrada e, mantendo, médias de 90km/h conseguimos valores de consumo na ordem dos 4,1 l sendo que a 120 km/h a média sobe para o 5.6l a 5.8l.

Quando levantei o Jazz do importador ele apresentava uma autonomia de 962 quilómetros e,  face aos quilómetros percorridos, cumprindo as velocidades legais este valor é possível de efetuar com um só deposito de combustível. 

Em termos de comportamento e conforto trata-se de um veículo pensado maioritariamente para a cidade mas que não se importa de circular pelas nossas estradas,  sendo que o conforto em pisos mais degradados não é tão conseguido mas compensa isso com um comportamento interessante – não podemos esquecer que este é um veículo maioritariamente citadino.

O preço para esta versão híbrida situa-se nos €29.000. 

 

 

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