Ensaio. Honda HR-V Elegance 1.5 130cv: Na senda da eletrificação
A Honda lança o seu híbrido HRV por forma a competir rumo à eletrificação da sua marca.
Para tal podia optar por um elétrico de raiz, um PHEV ou um híbrido como este em que não necessita de carregamento. E a opção recaiu sobre esta última tendência, uma vez que constatou que o público alvo que utiliza este tipo de viaturas não pretende efetuar carregamentos, mas quer somente uma opção mais sustentável e amiga do ambiente e com consumos menores.
O HRV foi desenhado para ser minimalista e com alguns toques estilísticos do Honda E (elétrico) com um desenho que acaba por ser feliz, similar a um coupé e onde as portas traseiras acabam por parecer escondidas no último pilar.
A assinatura luminosa na dianteira é horizontal e muito agradável, com uma frente quase totalmente fechada como é normal neste tipo de viaturas e uma zona lateral com pouca superfície vidrada que transmite um ar robusto e, ao mesmo tempo, elegante.
O interior do Honda HRV segue também a abordagem estilística do pequeno elétrico da marca, com um tablier minimalista, retilíneo e sem grandes formas geométricas; numa palavra, muito germânico.
O HRV possui poucos plásticos moles, mesmo no tablier, mas todos eles denotam boa qualidade de construção, de materiais e de montagem. O espaço interior é mais do que suficiente para 5 adultos. Ergonomicamente também está bem conseguido e a posição de condução vs volante e pedais é a correta. O volante com bom diâmetro deveria ser, em minha opinião, menos volumoso na sua pega, para servir tanto para publico masculino como feminino.
Atrás, o espaço é suficiente para três passageiros sendo que mantém os inovadores bancos ‘mágicos’ que permitem aumentar em muito a capacidade da bagageira sempre que não tenha passageiros.
E é com estas premissas que resolvemos ir para a estrada para perceber o que vale este HRV híbrido de 130 cavalos e com 1.5 de cilindrada a gasolina.
Arrancámos em modo elétrico e temos três opções de condução – eco, normal e Sport. Ao longo do ensaio e não havendo preocupações com os consumos efetuámos quase sempre uma média de 6.5 l, o que é muito bom considerando que este é um SUV, híbrido (com baterias e consequente peso acrescido) mas que, fruto de uma tecnologia híbrida bem conseguida lhe permite poupar algum combustível.
Possui uma caixa automática CVT e revela-se muito fácil de conduzir com uma direção direta e precisa e com a dianteira a acompanhar os movimentos do volante, A única ressalva vai para, em acelerações mais pronunciadas se fazer ouvir mais o motor, próprio de veículos com este tipo de caixas de velocidades.
Em resumo o HR-V é uma boa escolha para todos aqueles que pretendem um automóvel de cinco lugares com a fiabilidade e qualidade que a Honda nos habituou, com alguns detalhes herdados da arte de bem fazer automóveis como o Civic (principalmente no binómio conforto/comportamento), com um desenho elegante e minimalista e sobretudo com uma aposta clara na eletrificação ao dotar o modelo de um sistema híbrido tendo em vista o cumprimento das diretivas europeias.
Tal como qualquer modelo de qualquer marca, a Honda utiliza todos os sistemas de segurança que já são habituais e aqui bem calibrados (sensor ângulo morto, manutenção faixa rodagem, travagem de emergência, camara estacionamento traseiro, sensores de estacionamento…)
Preço unidade ensaiada: 37.000€