Ensaio AUDI A3 30 TDI Sportback: Cumprir acima do esperado

Por Jorge Farromba

Aos dias de hoje ensaiar um diesel quase demonstra não estarmos alinhados com a realidade atual.

E o A3 Diesel é, como a marca o define “um companheiro que esteja sempre pronto para novos desafios”?

Foi isso que tentámos perceber.

A estética é sempre um tópico difícil de avaliar, pois cada um tem uma visão diferente nesta matéria, mas serei consensual se referir que o A3 tem um layout atrativo e, tenta, nas suas linhas direitas, fazer sobressair uma desportividade que se nota no alargamento das cavas das rodas anteriores e posteriores, numa frente que “se veste” de um novo e proeminente para-choques dianteiro.

No interior, o modelo apresenta-se com uma qualidade elevada do seu interior, muitos materiais moles por todo o habitáculo, um painel de instrumentos totalmente digital e de boa leitura (aprecio o “varrimento com uma cor” das rotações e conta-quilómetros de modo a mais facilmente percebermos a velocidade a que vamos e não a olhar para o ponteiro vermelho).

Os bancos, nesta versão, não são os mais desportivos com maior apoio mas são consistentes. A caixa de velocidades é manual – precisa e curta. Muito interessante, embora já prefira as automáticas… mas é um gosto pessoal.

Com a boa posição de condução e bom espaço a bordo (mesmo atrás) vale a pena conhecer o A3 com o motor 2.0 diesel e 116cv.

Ao início fica a sensação – Huum! Isto é um motor curto. Mas pelo facto de ser um diesel, com baixo peso e com uma caixa de velocidades bem precisa e escalonada, vem ao de cima a rapidez com que se circula. No arranque e nalgumas recuperações nota-se que podia haver mais motor, mas, sinceramente, este chega e sobra para velocidades bem fora dos limites legais e a caixa de bem escalonada ajuda.

Uma nota justa – o comportamento é de nível superior, onde o chassis “casa-se” lindamente com as suspensões, firmes mas confortáveis e permitem toadas desportivas (sem aspas) por estradas nacionais.

Outro ponto favorável foram os consumos. Fazer 4.1 em andamento suave ou um inimaginável 5,6l abusando do mesmo – e a diesel – são números que já não me recordava. Numa época em que a eletrificação está cada vez mais presente, ainda sabe bem ouvir este ruído do motor.

E recordar que Audi e Porsche estão na liderança no estudo de combustíveis sintéticos, se bem que como refere Oliver Hoffmann, chefe de desenvolvimento técnico da Audi, estes “são apenas uma tecnologia de transição…” pois “o futuro da indústria automóvel serão os veículos elétricos a bateria”.

Preço – A partir de 30.000€ (versão ensaiada 36.000€)

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