“Enquanto não estiver esclarecido este assunto não devo exercer cargos públicos”: Costa afasta-se da Europa

António Costa não quer ouvir falar num cargo na Europa “enquanto não tiver esclarecido este assunto [‘Operação Influencer’}. EM Bad Münstereifel, na Alemanha, onde se deslocou para celebrar os 50 anos do Partido Socialista, o primeiro-ministro salientou ainda que a “política não é uma carreira, é uma atividade cívica, que se exerce das mais variadas formas”.

“Enquanto não estiver esclarecido este assunto [implicação na Operação Influencer] não devo exercer cargos públicos porque acho que é necessário preservar a integridade e prestígio das instituições”, referiu aos jornalistas, durante a visita à cidade alemã onde o PS foi fundado há 50 anos por Mário Soares, numa visita em que estiveram presentes dirigentes do SPD, sociais-democratas germânicos. “Cada um rege-se pelos padrões que se rege, estes são os meus”, frisou.

“Estou de consciência tranquila, nada me pesando na minha consciência, entendo que a função que eu exercia enquanto primeiro-ministro não é compatível com a existência de um juízo de suspeição”, acrescentou.

Esta deslocação de dois dias vai acontecer duas semanas depois de António Costa se ter demitido das funções de primeiro-ministro na sequência de um processo judicial que envolve o seu nome, e de ter anunciado que não se recandidatará a estas funções nas eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

No passado sábado, a Comissão Nacional do PS marcou eleições diretas para a escolha do sucessor de António Costa no cargo de secretário-geral para os dias 15 e 16 de dezembro.

Também nesta reunião, será marcado o próximo congresso dos socialistas para os dias 6 e 7 de janeiro.

No terreno já estão duas candidaturas para a liderança do PS: Uma do ex-secretário-geral adjunto do PS e ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e do ex-ministro e atual deputado socialista Pedro Nuno Santos. ““Trabalhei com eles [Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro] e tenho muita estima por ambos. Os socialistas escolherão o que dará continuidade à liderança do PS”, referiu António Costa.

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