Enfermeiros em greve nacional esta sexta-feira para exigir negociações com o Governo

Esta sexta-feira é dia de greve nacional de enfermeiros, pelo que é expectável que haja serviços em hospitais e centros de saúde com alguns condicionamentos. A paralisação de hoje, que ocorre de manhã e à tarde, foi convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Os enfermeiros exigem o início do processo negocial com fixação de Memorando de Entendimento em Protocolo Negocial onde deve constar as matérias a negociar (contagem de pontos, carreira de enfermagem e outros aspetos) e calendário negocial.

Para além da paralisação, está convocada uma concentração às 11h00 de hoje no Campo Pequeno, em Lisboa.

Em comunicado Sindicato dos Enfermeiros Portugueses destaca que “face à entrega do novo Caderno Reivindicativo, que foi feita a 3 de abril, juntamente com pedido de reunião ao Ministério da Saúde, e no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro” exige-se o “início do processo negocial com fixação de Memorando de Entendimento em Protocolo Negocial onde devem constar as matérias a negociar (contagem de pontos, carreira de enfermagem e outros aspetos) e o respetivo calendário negocial”.

São apontadas reivindicações como a “valorização de todos os enfermeiros através da imediata alteração à Carreira de Enfermagem que o DL n.º 71/2019 desvalorizou; a valorização de toda a grelha salarial e a inclusão de regime remunerado de dedicação exclusiva no SNS”.

Também exigem estes profissionais uma “compensação do Risco e da Penosidade inerente à profissão, nomeadamente através de condições especiais para a aposentação, como aposentação mais cedo e a transição para a categoria de Enfermeiro Especialista de todos os enfermeiros que, a 31 de maio de 2019, eram detentores do título de Enfermeiro Especialista”.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses recorda que continua a pressionar para o a pressionar e a exigir o pagamento dos retroativos desde 2019 e que vi desenvolver esforços para exigir harmonização dos dias de férias entre enfermeiros com CTFP e com CIT e das condições remuneratórias entre todos os enfermeiros independentemente do local de trabalho, serviços dos hospitais e unidades funcionais dos CSP, regularização dos vínculos precários e admissão de mais enfermeiros”.

Estes profissionais de saúde reclamam igualmente o “cumprimento das normas existentes sobre organização dos tempos de trabalho dos enfermeiros, com diminuição do trabalho suplementar e permitindo uma maior conciliação entre a vida pessoal e profissional”.

De referir que, também, os enfermeiros que trabalham nos hospitais privados vão avançar no dia 24 de maio, com uma greve, aos turnos da manhã e de tarde, por um período de um mês.

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