Empresas querem retomar trabalho presencial, funcionários não. Saiba como o Twitter e a Netflix estão a lidar com estas divergências

Apesar de a pandemia ter trazido um novo leque de possibilidades no que toca à flexibilidade horária no local de trabalho e a possibilidade de trabalhar remotamente, há muitos líderes empresariais que querem que os funcionários retomem totalmente o trabalho presencial.

Segundo um estudo da Microsoft, 50% dos líderes empresariais disseram que a empresa está a planear ou a pedir que os funcionários voltem totalmente ao escritório.

No entanto, o ‘Fortune’ explica que várias outras sondagens chegaram à conclusão de que cerca de 30% a 40% dos trabalhadores que estão em regime remoto equacionam despedir-se caso as empresas acabem com a possibilidade de trabalhar fora do escritório.

Mas como é que afinal as grandes empresas norte-americanas estão a lidar com estas divergências? O site dá o exemplo quatro firmas bem conhecidas.

 

Twitter

Em maio de 2020, o CEO da altura, Jack Dorsey, disse aos funcionários que poderiam ficar a trabalhar remotamente por tempo indefinido, mesmo após o fim da pandemia, sendo assim a política mais permissiva entre as principais tecnológicas.

O seu sucessor, Parag Agrawal, que tomou posse do cargo no final de 2021 reafirmou esta política em março com tweet para os funcionários: “O local onde se sentirem mais produtivos e criativos é onde vão trabalhar e isso inclui o trabalho a partir de casa para sempre.”

 

No entanto, nessa mesma publicação o CEO dá a entender que em termos de trabalho, é uma escolha que pode complicar o desempenho, explicando que pode ser “desafiante. Vamos ter de ser proativos, intencionais, vamos ter de aprender e de nos adaptar”.

 

General Motors

A política de trabalho remoto da empresa de fabrico de automóveis é a mais concisa: “trabalhar adequadamente”, deixando ao critério dos trabalhadores qual é o melhor local para isso acontecer.

Já em 2021, a CEO Marry Barra disse aos funcionários que se o trabalho o permitisse, podiam trabalhar onde melhor conseguissem cumprir os objetivos, não esquecendo que há muitos postos de trabalho na empresa que não podem ser feitos remotamente, por ser uma empresa que produz automóveis e precisa de pessoas nas fábricas.

 

Citigroup

Ao contrário dos restantes bancos dos EUA, como o Goldman Sachs, o JPMorgan Chase e o Morgan Stanley que já deram a entender que querem que os funcionários voltem ao escritório, o Citigroup é o que tem a posição mais permissiva.

Neste momento, o banco pede que todos os vacinados voltem ao escritório pelo menos duas vezes por semana, sendo que o objetivo anunciado pela CEO Jane Fraser é de alcançar os três dias por semana no escritório.

Desta forma, mantém uma posição mais atrativa para novos funcionários face às políticas mais restritas dos outros bancos. Mas não deixa de preferir a interação pessoal e não pelo ecrã.

 

Netlix

O CEO da Netflix, Reed Hastings, não vê qualquer tipo de aspetos positivos no trabalho remoto, dizendo que o facto de não se poder reunir pessoalmente com os seus funcionários é até um aspeto muito negativo.

A pandemia obrigou a empresa a mandar os funcionários para casa, mas em setembro de 2021 o responsável já tinha pedido para que voltassem todos ao escritório.

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