Empresas familiares ou famílias empresárias? Novo livro ilustrado de gestão “desmonta” conceito

Dados apontam que, em Portugal, as empresas familiares contribuam para 65% do PIB e sejam responsáveis por 50% do emprego, relevância socioeconómica que se verifica um pouco por todo o mundo. Mas como funcionam as relações entre essas famílias e as suas empresas? E qual é a diferença entre empresas familiares e famílias empresárias?

Luís Parreirão, administrador do Family Office da Família Mota, do Grupo Mota-Engil, analisou o perfil destas corporações e apresenta agora as conclusões no livro “Empresas Familiares-Famílias Empresárias: Onde Está o Substantivo?”, um ensaio de gestão ilustrado, algo raro em Portugal.

Nas últimas décadas, o conceito de família mudou muito mais do que o de empresa e Luís Parreirão afirma que, “às famílias centradas na figura patriarcal, sucederam famílias mais plurais, de maior dimensão, com relações que se criam, mas que também se rompem. As famílias ganharam uma complexidade na sua composição e na diversidade dos interesses dos seus membros que impõe novas fórmulas de organização como condição de sobrevivência”.

Tendo em conta esta mudança de paradigma, o conceito de empresas familiares alterou-se para famílias empresárias. “A esta complexidade, as famílias empresárias respondem, ou podem responder, evoluindo para famílias investidoras», ainda que não existam, acrescenta, «modelos nem respostas pré-formatadas e cada família tem de construir o seu próprio modelo”, explica ainda o autor.






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