Embaixador russo no Reino Unido diz que país já esta “diretamente envolvido” na guerra na Ucrânia

O embaixador russo no Reino Unido, Andrei Kelin, afirmou que a Grã-Bretanha está agora “diretamente envolvida” na guerra na Ucrânia. Esta acusação surge após a confirmação de que mísseis de longo alcance Storm Shadow, fornecidos pelo Reino Unido, foram utilizados pela Ucrânia para atacar alvos em território russo.

Durante meses, a Ucrânia apelou aos seus aliados ocidentais para que autorizassem o uso de mísseis de longo alcance. Esta semana, tanto os Estados Unidos como o Reino Unido deram luz verde a Kyiv para utilizar estas armas em ataques dentro da Rússia. A decisão representa uma mudança significativa na abordagem ocidental ao conflito, que anteriormente restringia o uso deste tipo de armamento em território russo.

A utilização dos mísseis Storm Shadow, fornecidos pelo Reino Unido, foi confirmada poucos dias após o Presidente dos EUA, Joe Biden, aprovar uma medida semelhante para armamento americano.

Em entrevista à Sky News, Andrei Kelin respondeu afirmativamente quando questionado se o uso destes mísseis significava um envolvimento direto do Reino Unido no conflito. “Absolutamente, a Grã-Bretanha está agora diretamente envolvida nesta guerra, porque este tipo de ataque não pode ocorrer sem a presença de pessoal da NATO, incluindo britânicos”, afirmou.

Quando confrontado com a utilização pela Rússia de equipamento e tecnologia provenientes da China, Irão e Coreia do Norte, Kelin desviou a atenção para alegados mercenários estrangeiros a combater do lado ucraniano. “Temos inúmeros mercenários de diferentes países que estão a lutar atualmente ao lado da Ucrânia”, acusou, referindo-se a uma unidade polaca com uniformes especiais.

Até recentemente, o Reino Unido permitia que tanques, mísseis antitanque e outros equipamentos militares fossem utilizados pela Ucrânia, mas restringia o uso de mísseis de longo alcance. Esta política alinhava-se com a dos Estados Unidos, que também hesitavam em permitir ataques em território russo.

Com a recente aprovação, a Ucrânia obteve autorização para lançar ataques profundos dentro da Rússia, o que pode alterar a dinâmica do conflito. No entanto, não está claro qual será o impacto estratégico desta mudança, considerando que os combates continuam intensos no leste da Ucrânia e na região russa de Kursk.

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