EMA conclui que tratamento dado a Trump é eficaz em doentes covid que não precisam de oxigénio

O Comité dos Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) acabou de rever o uso dos anticorpos monoclonais chamados casirivimab e indevimab para tratar doentes covid. Chegou à conclusão que a combinação destes compostos pode ser utilizada para tratar a doença em doentes que não precisam de oxigénio suplementar, mas que têm um elevado risco de progressão grave da infeção.

O tratamento com anticorpos monoclonais, também conhecidos como REGN-COV2, foi dado ao antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quando esteve infetado com o novo coronavírus.

A decisão da EMA segue-se a uma revisão dos efeitos do casirivimab e do indevimab em doentes ambulatórios com covid-19 que não precisavam de oxigénio suplementar.

“Os resultados preliminares indicam que a combinação reduziu a carga viral e levou a menos consultas médicas relacionadas com patologias”, conclui o regulador europeu de medicamentos. A maioria dos efeitos secundários relatados foram ligeiros ou moderados, no entanto, a EMA recomenda a monitorização das reações.

REGN-COV2, o tratamento que Donald Trump recebeu após ser infetado em outubro, baseia-se em anticorpos monoclonais – um tipo de proteína concebida para reconhecer e ‘aderir’ ao vírus em dois locais diferentes, evitando que entre nas células do corpo humano.

Assim, estes anticorpos localizam e eliminam a molécula específica que o novo coronavírus utiliza para se ligar às células e utiliza-as na sua estratégia de replicação massiva. Desta forma, se os anticorpos atuarem antes de o vírus entrar no corpo, a infeção é bloqueada.

A decisão final de permitir a comercialização do medicamento será tomada após a conclusão de uma revisão que começou no dia 1 de fevereiro e que ainda está em aberto.

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