Em agosto, Portugal contribuiu com mais 92 milhões de euros para o orçamento da União Europeia
Em agosto, Portugal contribuiu com 160 milhões de euros para o orçamento da União Europeia (mais 92 milhões de euros que em agosto 2020). O aumento desta contribuição determinou a redução do excedente da balança de rendimento secundário em 110 milhões de euros, segundo os dados publicados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.
Nos primeiros oito meses do ano, por comparação com igual período de 2020 as importações de bens cresceram mais do que as exportações, o que, segundo o BdP, “aumentou o défice da balança de bens,
O gabinete de estatística salienta ainda que “o recebimento de mais fundos europeus foi determinante para o aumento do excedente da balança de rendimento secundário.
Para o BdP, o recebimento, em julho 2021, de cerca de 1100 milhões de euros do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira proveniente da devolução da margem financeira retida em 2011 no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal determinou o excedente da balança de capital.
Até agosto de 2021, os ativos financeiros que Portugal tem sobre o exterior, deduzidos das responsabilidades de Portugal perante o exterior (saldo da balança financeira), aumentaram 1357 milhões de euros.
Para este aumento contribuíram o investimento do setor financeiro português em fundos de investimento não residentes e em títulos de dívida de longo prazo emitidos por entidades da União Monetária; o desinvestimento de entidades não residentes em dívida pública portuguesa, maioritariamente títulos de dívida de longo prazo e o aumento de ativos de reserva do Banco de Portugal, sob a forma de depósitos e das disponibilidades de Direitos de Saque Especiais (DSE) atribuídos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Este aumento foi atenuado pelo desinvestimento do Banco de Portugal em títulos de dívida emitidos por entidades da União Monetária; o investimento de não residentes em imobiliário; a aquisição, por parte de entidades não residentes, de capital de empresas portuguesas do mesmo grupo e o aumento de passivos das administrações públicas, devido ao empréstimo obtido no âmbito do programa SURE, em maio de 2021.