Eletrodomésticos não escapam à inflação: saiba quais sofreram os maiores aumentos
As subidas de preços na alimentação, nos combustíveis, na eletricidade e no gás não têm passado despercebidas. Depois da pandemia da Covid-19, a guerra na Ucrânia veio acrescentar ainda mais pressão aos mercados, fazendo com que a inflação atinja valores históricos. Nos eletrodomésticos, os aumentos também já se fazem sentir e comprar alguns equipamentos pode agora ser uma decisão só ao alcance de carteiras mais desafogadas.
De acordo com a análise da DECO PROTESTE, entre setembro de 2021 e setembro de 2022, os preços dos eletrodomésticos aumentaram em quase todas as categorias analisadas. Considerámos os modelos de eletrodomésticos mais vendidos em setembro de 2021 e calculámos o seu preço médio tendo em conta os preços à data. Fizemos o mesmo exercício com os preços praticados em setembro de 2022 e calculámos a variação de preço de um ano para o outro. Os números mostram que praticamente todas as categorias de eletrodomésticos analisadas sofreram um aumento de preço no último ano.
Mas há algumas surpresas.
Micro-ondas estão mais caros
No período analisado, os recordistas dos aumentos de preços foram os micro-ondas dos segmentos “simples” e “grill” de livre instalação. Estes equipamentos sofreram uma subida no preço médio de 20,9% entre setembro de 2021 e setembro de 2022. Em segundo lugar surgem as máquinas de lavar loiça, com um aumento de 9,9% no preço médio. O terceiro lugar do pódio pertence aos frigoríficos dos segmentos “combinados” e “duas portas” de livre instalação, com um aumento de 8,1 por cento.
Em rota ascendente estão ainda os aspiradores trenó e as máquinas de secar roupa, do segmento “bomba de calor”, que viram os seus preços aumentar 4,6% e 4,5%, respetivamente, seguidas pelas categorias dos telemóveis e das máquinas de lavar roupa, que registaram ambas uma subida de 3,9 por cento. Menos acentuada é a subida dos aspiradores verticais, cujo preço médio aumentou apenas 0,5% no período em análise.
Quebra na procura provoca descida nos preços dos televisores e dos portáteis
Os televisores e os computadores portáteis, por outro lado, estão em contraciclo, com os preços médios a registarem uma descida entre setembro de 2021 e setembro de 2022. Depois de um período de grande procura, impulsionada pela pandemia de covid-19, que obrigou muitos portugueses a recorrerem ao teletrabalho e à escola à distância, a diminuição da procura acabou por provocar uma descida nos preços nestas duas categorias.
Nos televisores dos segmentos “43 polegadas” e “50/55 polegadas” a quebra já chegou aos 28 por cento. Já nos computadores portáteis a descida é de 8 por cento.