Educação: Ministério recebe mil pedidos todas as semanas para substituir professores que meteram baixa
É nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve que se concentram cerca de 90% de todas as necessidades de professores a nível nacional, reiterou esta segunda-feira o ministro da Educação.
João Costa adiantou que todas as semanas chegam ao seu ministério aproximadamente mil pedidos de substituição de professores que estão de baixa por razões médicas. De visita a uma escola em Santo Tirso, o responsável assegurou que a tutela está a trabalhar com as instituições para “ultimar o trabalho para permitir as acumulações entre escolas de uma forma mais fácil”, cita a ‘TSF’.
Apesar dos esforços que garante estarem a ser feitos pelo Governo, o ministro disse que “todas as semanas nos estão a chegar novos pedidos de professores”, apontando que “estamos a fazer tudo para que, a cada semana, estejamos sempre a colmatar as dificuldades que existem”.
Contudo, João Costa sublinhou que “os horários preenchidos e com professores mantêm-se nos 97%” e que o executivo tem procurado responder rapidamente aos pedidos de substituição que recebe. “As escolas fazem a indicação de necessidades à terça-feira e à sexta os professores são colocados”, indicou.
Por seu lado, o líder da Fenprof, Mário Nogueira, afirma à emissora portuguesa que esses pedidos, embora gerem preocupação, não são o maior problema, que reside no facto de existirem falhas na deslocação de professores para localidades que possam dar aos educadores melhores condições de trabalho.
“Há pouco tempo, teve lugar um procedimento para a deslocação de professores que têm doenças incapacitantes devidamente comprovadas”, explica Mário Nogueira, indicando que se pôde verificar que “7.500 professores que tinham, de facto, essas doenças”.
“É natural que, se esses professores se deslocassem para as escolas onde estariam perto das suas áreas de residência ou das suas áreas de tratamento e das unidades hospitalares, esses professores não estariam a meter baixa, porque eles querem trabalhar”, explica o responsável.