E se os ecossistemas de um quinto dos países colapsarem? Risco é real, aponta novo estudo

Um quinto dos países do mundo têm os seus ecossistemas em risco de colapso devido à destruição da vida selvagem e dos seus habitats, de acordo com uma estudo da seguradora Swiss Re, citado esta segunda-feira pelo ‘The Guardian’.

Os «serviços» naturais nomeadamente alimentos, água e ar já foram danificados pela atividade humana. Mais da metade do PIB global, cerca de 42 biliões de dólares, depende de uma biodiversidade saudável e a funcionar corretamente, de acordo com o relatório, que adianta que o risco de colapso está a aumentar.

Países como Austrália, Israel e África do Sul estão próximos do topo do índice de risco para a Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas da Swiss Re, com a Índia, Espanha e Bélgica também destacados. Países com ecossistemas frágeis e grandes setores agrícolas, nomeadamente o Paquistão e a Nigéria, também estão sinalizados.

Outros como o Brasil e a Indonésia têm grandes áreas de ecossistemas intactos, mas uma forte dependência económica dos recursos naturais, o que mostra a importância de proteger o seu património natural e selvagem, segundo a Swiss Re.

«Um impressionante quinto dos países globais correm o risco de ver os seus ecossistemas entrarem em colapso devido ao declínio da biodiversidade e serviços benéficos relacionados», pode ler-se no estudo da Swiss Re, uma das maiores seguradores do mundo e um pilar da indústria global de seguros.

O relatório revela ainda: «Se o declínio dos serviços de ecossistemas continuar [em países em risco], a escassez vai desenvolver-se de forma ainda mais forte», afirmou Oliver Schelske, principal autor da pesquisa, citado pelo ‘The Guardian’.

Jeffrey Bohn, diretor de pesquisas da Swiss Re, disse: «Este é o primeiro índice, do nosso conhecimento, que reúne indicadores de biodiversidade e ecossistemas para comparação cruzada em todo o mundo».

O responsável revela que o índice foi projetado para ajudar as seguradoras a avaliar os riscos do ecossistema ao definir os prémios para as empresas, e permitir que  «a biodiversidade e os ecossistemas sejas considerados na decisões económicas».

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