E se o INEM não atender a sua chamada? Saiba o que fazer
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desempenha um papel crucial no atendimento de emergências médicas em Portugal, assegurando assistência rápida e eficaz. No entanto, em situações de sobrecarga ou dificuldades técnicas, pode acontecer que a chamada não seja atendida de imediato, o que gera preocupação e ansiedade em quem necessita de socorro urgente. Assim, a publicação ‘Ekonomista’ apresentou estratégias úteis para lidar com essa situação e para assegurar que a ajuda médica chegue o mais rápido possível.
O que fazer quando o INEM não atende?
Agir de forma rápida e estratégica é muito importante numa situação de emergência em que o INEM não responde de imediato. Insista no contacto, procure alternativas locais e, caso seja seguro, aplique os primeiros socorros. Preparação e serenidade podem ser determinantes até à chegada de assistência profissional.
1. Insista no contacto com o INEM
Se a ligação para o INEM – através do 112 – não for atendida de imediato, mantenha-se calmo e tente ligar novamente após alguns instantes. Em casos de alta procura, como acidentes em massa ou catástrofes naturais, pode ser necessário realizar várias tentativas.
2. Opte por alternativas de atendimento
Enquanto espera por uma resposta, considere contactar outras alternativas de apoio imediato:
SNS 24 (808 24 24 24) – a linha de apoio do Serviço Nacional de Saúde oferece orientações para situações de menor urgência e, em certos casos, ajuda a agilizar a chegada de uma ambulância. Este serviço orienta os utentes sobre cuidados de saúde adequados e pode fornecer indicações iniciais até à chegada de uma equipa de emergência. É uma alternativa eficaz para situações que não envolvem ferimentos graves, paragens respiratórias ou cardíacas, mas que ainda exigem assistência rápida.
Corpo de Bombeiros local: em várias regiões, os bombeiros oferecem serviços de primeiros socorros, podendo ser uma opção rápida de assistência, especialmente em áreas onde os recursos do INEM estão mais distantes.
3. Avalie a possibilidade de transporte próprio
Se o estado da vítima permitir o transporte sem risco de agravar lesões e a demora estiver a colocar a saúde em risco, considere levá-la ao hospital mais próximo. Assegure-se de que tem alguém para ajudar a manter a vítima estabilizada durante o trajeto, e, se possível, informe o hospital antecipadamente sobre a chegada, fornecendo detalhes do estado da pessoa para que a equipa médica se prepare adequadamente.
4. Use primeiros socorros se tiver formação
Enquanto aguarda, aplique técnicas de primeiros socorros que podem fazer uma diferença significativa. Evite mover a vítima se suspeitar de fraturas ou trauma, especialmente na coluna, para não agravar possíveis lesões.
Procure manter a vítima confortável, cobrindo-a com uma manta em caso de frio ou colocando-a à sombra se o calor for intenso. Monitore atentamente os sinais vitais: caso a pessoa pare de respirar e tenha formação em suporte básico de vida, inicie as manobras de reanimação até que a ajuda chegue.
5. Utilize o sistema de triagem automática
Em situações de grande sobrecarga, o INEM pode ativar um sistema de triagem automática, que permite ao contactante responder com “sim” ou “não” a perguntas simples para ajudar a avaliar a gravidade da situação. Este sistema pode acelerar o atendimento ao identificar casos prioritários. Se estiver a aguardar há mais de três minutos, esteja atento à ativação desta triagem e responda com clareza.
6. Prepare-se para emergências futuras
Embora o INEM seja a principal entidade de emergência, é útil conhecer os serviços disponíveis na sua área, como postos dos Bombeiros e centros de saúde, para garantir alternativas em casos de necessidade. Ter uma lista de números úteis e saber os procedimentos básicos de primeiros socorros pode melhorar significativamente a resposta em emergências.
Informações essenciais a fornecer ao INEM ao ser atendido
Assim que estabelecer contacto, forneça informações claras e precisas para facilitar e agilizar o atendimento:
Localização exata – indique o endereço completo ou pontos de referência próximos.
Descrição da emergência – detalhe a natureza do incidente, especificando se é um acidente, uma doença súbita ou outra situação urgente.
Estado da vítima – informe se a pessoa está consciente, se respira normalmente e se apresenta ferimentos visíveis.
Identificação da vítima – sempre que possível, inclua a idade, o sexo e qualquer histórico médico relevante, como doenças crónicas ou alergias.
Número de pessoas envolvidas – informe quantas pessoas precisam de assistência.
Informações de contacto – identifique-se e mantenha-se disponível para receber mais instruções, caso necessário.