Dólar vai fechar o pior agosto dos últimos cinco anos

O dólar voltou a sofrer, e pelo quarto mês consecutivo, perdas significativas, após uma mudança de política da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) sobre a inflação, enquanto o euro se prepara para registar o quarto mês de ganhos, levando ambas as moedas para níveis vistos pela última vez em 2018.

Os investidores estão a adaptar-se ao discurso, proferido no final da semana passada, pelo presidente da Fed, Jerome Powell, no qual delineou uma mudança de política que pode resultar numa inflação ligeiramente mais elevada e em taxas de juro mais baixas durante mais tempo.

“Mesmo que os bancos centrais dos Estados Unidos estejam satisfeitos com a interpretação das suas medidas, não é uma boa notícia para o dólar”, comentaram os analistas do Commerzbank, citados pela agência Reuters.

“Se é esperado que o poder de compra doméstico do dólar sofra uma erosão mais rápida (pois é isso que é a inflação), é difícil supor que manterá o seu poder de compra no mercado cambial a longo prazo”, argumentaram.

“É por isso que a cotação euro/dólar americano está a negociar acima de 1,19, com o índice do dólar (DXY) a negociar abaixo de 92,50”, concluíram ainda.

O dólar subiu 0,1% para 92,356 no início das negociações, na Europa, e desceu 1,2% durante o mês. A manter-se esta tendência, este será o seu pior agosto dos últimos cinco anos, contribuindo para o maior período de perdas mensais desde o verão de 2017.

O euro manteve-se estável em 1,1903 dólares e no bom caminho para um ganho mensal de 1%, naquele que será o seu quarto mês consecutivo de aumentos.

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