“Doa a quem doer”. PS diz que portugueses pedem conclusões da CPI à TAP

O coordenador do PS na comissão de inquérito à TAP, Bruno Aragão, defendeu hoje que os portugueses pedem conclusões “doa a quem doer”, considerando que neste momento não é necessário prolongar os seus trabalhos.

No final da audição de hoje do secretário de Estado João Nuno Mendes, o deputado socialista falou aos jornalistas e começou por saudar o facto de se ter voltado “a discutir a TAP” nesta comissão de inquérito, considerando que estas duas últimas semanas mostraram que é “absolutamente diferente quando a discussão se faz sobre isso”.

Questionado sobre o pedido do Chega para prolongar os trabalhos desta comissão por mais três meses, Bruno Aragão respondeu que “neste momento não há nada que aponte para uma necessidade de prolongamento dos trabalhos”, recordando que “houve uma consensualização do calendário”, que está a ser cumprido e que “todos os partidos têm feito um esforço imenso para que as audições decorram como estava planeado”.

O socialista referiu ainda que o pedido do partido para ouvir de novo João Galamba e a sua chefe de gabinete vai ser chumbado liminarmente.

“Há uma coisa que nós sentimos, já sentíamos há algum tempo, os portugueses pedem-nos conclusões e aqui utilizaria as palavras do senhor primeiro-ministro, doa a quem doer”, enfatizou.

Segundo Bruno Aragão, “depois de 43 audições, mais de dois meses a ouvir pessoas, a ler documentos, a tentar montar as diferentes partes deste processo”, aquilo que é pedido é que “concluam o que tiverem a concluir”.

“Tornem-nas transparentes, apresentem-nas, façam sobre elas o debate que deve ser feito com a serenidade que deve ser feito. Concluam o processo”, defendeu.

Considerando que “as conclusões tiram-se no fim”, para o socialista “esta semana foi muito elucidativa sobretudo de dois momentos onde havia alguma dúvida”.

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