Do café ao petróleo: Quanto encareceram as matérias-primas desde o início do ano?

A primeira metade de 2024 foi marcada por significativos aumentos nos preços das principais matérias-primas globais, refletindo um ambiente inflacionário crescente nos mercados de commodities. O índice geral CRB, que monitoriza 19 matérias-primas chave, registou um aumento médio de 10% nos primeiros seis meses do ano.

Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor energético, que viu um aumento de 11,6% nas cotações, seguido pelo setor de metais com um aumento de 10,7%. Já o setor agrícola teve uma elevação mais moderada, de 0,25%, destacando-se pela volatilidade nas diferentes commodities, revela o ‘Expresso’.

Os aumentos mais expressivos foram observados no petróleo russo dos Urais, com uma valorização de 34% desde o início do ano, e nos produtos agrícolas como cacau (+79%) e café (+32%). Essas oscilações foram atribuídas a fatores geopolíticos, como novos mercados emergentes para o petróleo russo na Ásia e perturbações climáticas severas que afetaram plantações essenciais na África, América Latina e Ásia.

No mercado energético, o preço do barril de petróleo Brent aumentou 10%, atingindo quase 85 dólares no final de junho, enquanto o gás natural na Europa subiu 6,8%, fechando o semestre em 34,55 euros por MWh. As projeções indicam que o preço médio do Brent poderá ultrapassar os 90 dólares em 2024, e os futuros do gás natural TTF apontam para cerca de 40 euros por MWh até o final do ano, revela a mesma fonte.

Além disso, o mercado de commodities enfrentou desafios adicionais com o aumento vertiginoso dos preço do transporte dos contentores, que dispararam 220% desde o final do ano passado.

 

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