Do acesso a medicamentos à neutralidade carbónica. Novartis tem novas metas sustentáveis
A Novartis, grupo farmacêutico suíço, anunciou, esta quinta-feira, os seus novos objectivos de sustentabilidade para melhorar o acesso a medicamentos e alcançar a neutralidade carbónica.
O grupo apresentou a mais recente evolução da sua estratégia Ambiental, Social e Corporativa (ESG, na sigla em inglês), onde se destaca em quatro pilares estratégicos: padrões éticos, preço e acesso, desafios globais de saúde e cidadania corporativa.
“Estabelecemos metas ambiciosas e desafiantes em relação a elementos-chave em cada uma destas áreas”, destaca em comunicado.
A empresa, que ambiciona ser líder em sustentabilidade ambiental na indústria de saúde, reforçou a sua ambiciosa meta de neutralidade carbónica ao incluir toda a sua cadeia de fornecimento neste objectivo até 2030, além da meta já definida nas suas actividades até 2025. “Este novo objectivo substitui o anterior, que definia uma redução de 50% em emissões de carbono na sua cadeia de fornecimento”, explica.
Destaca-se também a resposta da Novartis aos desafios de acesso e de saúde global, uma área com grandes necessidades ainda sem resposta em todo o mundo. “Continuamos a dar grandes passos no sentido de aumentar o compromisso em grandes desafios globais, como o acesso a medicamentos e as alterações climáticas”, referiu Vas Narasimhan, CEO da Novartis.
Como parte do objectivo da companhia de melhorar o acesso a medicamentos inovadores em países com “baixos rendimentos”, a Novartis quer aumentar o acesso dos doentes a estes medicamentos “pelo menos em 200%, até 2025”. Além disso, pretende melhorar o acesso dos pacientes aos programas estratégicos de saúde global em infecções ou doenças como “a lepra, a malária, a doença de chagas e a doença falciforme em, pelo menos, 50% no mesmo período”. A companhia prevê que o cumprimento destas metas permita chegar a mais de 23 milhões de doentes
A Novartis anunciou ainda a colaboração com a União Africana (55 Estados-membros que representam todos os países do continente africano), a qual deu início à Africa Medical Supplies Platform (AMSP), para ajudar no acesso ao portfólio da Novartis de resposta à pandemia. Este portfólio de 15 medicamentos foi lançado em Julho e é disponibilizado pela Sandoz – divisão de medicamentos genéricos e biossimilares da Novartis.
A AMSP, uma iniciativa sem fins lucrativos, disponibiliza uma plataforma online que agrega equipamentos médicos certificados, dispositivos de gestão clínica e medicamentos para disponibilizar aos governos africanos com necessidades críticas na resposta à covid-19. “Esta nova colaboração pretende minimizar as restrições de fornecimento e logística, garantindo o acesso rápido e eficiente aos medicamentos do portfólio de resposta à pandemia aos governos dos países africanos”, indica por último a empresa.