Dispararam na pandemia mas fortunas já voltaram a recuar: CEOs da Moderna e Zoom veem património cair até 84%
Em 2020, a pandemia da Covid-19 chegou para mudar tudo aquilo que conhecíamos até então: a forma como vivemos, como trabalhamos e como brincamos e educamos as crianças. Para além disso, mudou ainda a forma como a riqueza pode aumentar e diminuir mais depressa do que alguém poderia pensar ser possível.
Segundo dados da ‘Bloomberg’, o lançamento da vacina da Moderna para combater o vírus, fez disparar o património líquido de Stephane Bancel, o CEO da empresa, para 15 mil milhões de dólares (cerca de 15,3 mil milhões de euros, ao câmbio atual), tendo em conta que as ações dispararam quase 2.400%.
Já Eric Yuan, viu a sua fortuna atingir os 29 mil milhões de dólares (cerca de 29,6 mil milhões de euros, ao câmbio atual) quando a Zoom Video Communications Inc. se tornava a ferramenta de vídeoconferência do mundo.
A publicação explica que ambos pertenciam a um clube exclusivo de 58 multimilionários cuja riqueza aumentou exponencialmente com as mudanças trazidas pela Covid. No entanto, estes aumentos não foram para durar e, mais de dois anos depois, as suas fortunas recuaram significativamente.
Segundo dados recolhidos a 30 de setembro de 2022, a ‘Bloomberg’ noticia que Stephane Bancel tem agora uma fortuna de 3,7 mil milhões de dólares (cerca de 3,78 mil milhões de euros, ao câmbio atual), um valor que representa uma queda de 75% face ao pico registado em plena pandemia. Já a fortuna de Eric Yuan segue nos 4,6 mil milhões de dólares (cerca de 4,7 mil milhões de euros, ao câmbio atual), uma queda de 84% face ao pico registado em plena pandemia.
A fortuna do CEO da Moderna já não faz parte do ranking “Bloomberg Billionaires Index”, enquanto que Eric Yuan ocupa a 475ª posição, em 500, apresentando uma perda de 4,4 mil milhões de dólares (cerca de 4,49 mil milhões de euros, ao câmbio atual) desde o início de 2022.
Em termos de resultados empresariais, recorde-se que a farmacêutica norte-americana anunciou um lucro de 3.657 milhões de dólares (3.737 milhões de euros, ao câmbio atual) no primeiro trimestre, quase três vezes mais do que nos mesmos três meses de 2021. O lucro foi impulsionado pelas vendas da vacina da Moderna contra a covid-19, que atingiram 5.925 milhões de dólares no trimestre. A empresa também triplicou as suas receitas que alcançaram 6.066 milhões de dólares, face aos 1.937 milhões registados no mesmo período do ano passado.
Já a tecnológica norte-americana faturou 734 milhões de euros no exercício fiscal 2022, compreendido entre fevereiro de 2021 e janeiro deste ano, na Europa, Médio Oriente e África (EMEA). De acordo com os dados divulgados pelo responsável internacional da plataforma de videoconferência Zoom, Abe Smith, a região EMEA representou cerca de 20% da faturação total da tecnológica, que alcançou 3.660 milhões de euros durante o exercício de 2022.