Dia Mundial da Poupança: Portugal é dos países cujos consumidores manifestam maior insatisfação quanto ao valor das poupanças
Hoje, dia 31 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da Poupança, criado em 1924 durante o primeiro Congresso Internacional de Economia, em Milão, para promover a poupança pessoal e fortalecer a auto-suficiência económica das pessoas.
Mas o cenário que enfrentamos atualmente não tem sido o melhor para as poupanças. A Intrum divulgou hoje o estudo European Consumer Payment Report – ECPR, onde concluiu que 33% dos portugueses admite que, face a um evento imprevisto (p.e. reparação do seu automóvel), poderiam pagar das suas poupanças um valor equivalente a menos de um mês de salário, sem se endividarem. Uma percentagem acima da média europeia que se situa nos 26%.
Outra das conclusões do estudo da Intrum é que 84% dos portugueses consegue poupar todos os meses, no entanto 63% está insatisfeito com o que consegue poupar, 9 pontos percentuais acima da média europeia (54%). No grupo dos 5 países cujos consumidores manifestam maior insatisfação quanto ao valor das poupanças, estão a Grécia (73%), Roménia (71%), Polónia (65%), Eslováquia (64%) e Portugal. A vizinha Espanha aproxima-se na média europeia com 53%.
O ECPR demonstra ainda que mais de metade dos portugueses (53%) consegue poupar todos os meses, apenas até 10% do seu salário. Valor similar a Espanha e ligeiramente superior à média europeia (47%).
Apesar destes números, tanto a pós-pandemia, como a guerra, e a inflação cada vez mais elevada, fizeram com que os portugueses se focassem na importância de garantir a sua segurança financeira: 53% está a poupar para proteger o seu bem-estar financeiro e 56% definiram objetivos para gerir melhor as suas despesas e poupanças.
De acordo com 81% dos inquiridos, a principal razão para poupar em Portugal é para fazer face a despesas inesperadas. A perda de emprego ou de outro rendimento, surge em segundo lugar (50%) e na terceira posição a preocupação de poupar para a reforma (35%).