Dia Mundial da Poupança: E se fosse para a reforma com meio milhão de euros na carteira? Faça as contas
Em vez de gastar dinheiro no Euromilhões todas as semanas, multiplique as poupanças subscrevendo um PPR. Como tempo é dinheiro, quanto mais cedo começar, mais arrecada. O conselho é dado pela DECO Proteste Investe, numa análise às questões do universo da poupança, e hoje, que se assinala o Dia Mundial da Poupança, fará mais sentido do que nunca atentar nestas sugestões.
Qualquer pessoa que anseia ficar rica, depressa e facilmente, está disposta a gastar, todas as semanas, pelo menos, 5 euros neste jogo de sorte e “se investisse o mesmo dinheiro num plano de poupança-reforma (PPR), o resultado seria bem mais palpável do que as quimeras pelas quais tanto anseia sempre que a chave do Euromilhões é anunciada. Tal como a formiga, que acumula no verão para o inverno, criar um PPR é cada vez mais essencial para garantir o futuro. E, quanto mais cedo, melhor”, reforça.
Não é segredo que a sustentabilidade do sistema de pensões em Portugal será um problema nas próximas décadas e afetará quem está agora ativo e faz os descontos para a Segurança Social, na expectativa de ter uma reforma tranquila.
Mas, segundo a Proteste Investe, a questão que se coloca aos portugueses que querem acautelar o futuro é: em que produtos investir? PPR, seguros de capitalização, carteiras de fundos de investimento, ações ou imóveis? Os mais populares são os PPR.
“Além de exigirem montantes muito baixos (em regra, 20 ou 50 euros), são uma forma simples e diversificada de poupar, pois tanto pode aplicar em ações como em obrigações, como nos dois lados em simultâneo, consoante o tipo. Proporcionam, ainda, benefícios fiscais, quer pelos montantes entregues anualmente, quer no resgate do plano.
Por último, há uma grande oferta de PPR no mercado, sob a forma de fundos e seguros, sendo muito fácil transferir um plano para outro. Mas nem tudo são rosas. Estes produtos também têm os seus espinhos, como é o caso das comissões e das fortes restrições de liquidez. Ou seja, só podem ser resgatados nas situações definidas por lei”, explica.
Transformar 100 euros mensais em meio milhão
Segundo indica a Proteste Investe, “muitos aforradores acreditam que basta ter um PPR para assegurar uma boa maquia, mas o rendimento varia de produto para produto, bem como as comissões. Por exemplo, a totalidade dos PPR (fundos e seguros) rendeu, em média, 2,1% ao ano nos últimos três anos. Contudo, mais de metade ficou abaixo desta média”.
Assim, o ideal é escolher o produto mais rentável e com menos comissões. E partilha o seguinte exemplo: “Cinquenta euros é o mínimo aconselhado. Vamos supor que poupa todos os meses esta quantia e inicia a poupança aos 30 anos, investindo na nossa recomendação de fundos PPR: o Alves Ribeiro PPR, que rendeu 7,9% ao ano nos últimos cinco anos. Vamos supor também que esse rendimento se mantém durante o tempo que falta até atingir a reforma. Amealhará 124 mil euros. Estamos a assumir que nos próximos 37 anos o produto renderá o mesmo do que nos últimos cinco, o que é uma hipótese meramente académica. Os rendimentos passados não são garantia de retornos futuros, mas podem dar uma indicação da estratégia a seguir para multiplicar a poupança. Se, por exemplo, optasse por depósitos a prazo a uma hipotética taxa bruta de 1%, atualmente a melhor oferta do mercado, conseguiria menos de 27 mil euros. Suponha agora que inicia a poupança
ainda mais cedo, aos 20 anos, com 100 euros mensais. Tudo somado, ao fim de 47 anos, representa um investimento total de 56 400 euros. A nossa recomendação rendeu 7,9% ao ano, nos últimos cinco. Feitas as contas, são 548 523 euros ao chegar à reforma”.