Dia do Asteroide: rocha espacial do tamanho de um estádio passa hoje pela Terra. Saiba como acompanhar ao vivo

O asteroide ‘2024 MK’ foi descoberto pelos cientistas há pouco mais de uma semana e prepara uma entrada em cheio: está prevista a sua passagem pela Terra este sábado. Com um diâmetro de entre 120 e 260 metros, o asteroide vai passar a apenas 290 mil quilómetros da Terra, mais próximo que a Lua — que está a cerca de 384,4 mil km do nosso planeta.

Segundo a NASA, o ‘2024 MK’ tem o tamanho de um estádio de futebol e será visível com uso de binóculos simples. Em Lisboa, pode ser visto por volta das 14h45 deste sábado. Pode acompanhar a passagem do asteroide aqui.

De acordo com a EMA (Agência Espacial Europeia), “o asteroide foi descoberto a 16 de junho de 2024, apenas 13 dias antes de passar pela Terra. Não representa qualquer risco para o nosso planeta, mas o facto de ter sido descoberto tão tarde sublinha a necessidade de continuar a melhorar a nossa capacidade de detetar objetos potencialmente perigosos na nossa vizinhança cósmica”.

Este é um asteroide do tipo Apollo, o que significa que a sua órbita elíptica cruza com a da Terra e alcança o seu ponto mais próximo do Sol antes de se estender em direção ao cinturão de asteroides principal entre Marte e Júpiter.

Como estará dentro do limite estabelecido pela NASA de 7,5 milhões de km, e tendo mais do que 140 metros, é considerado um objeto potencialmente perigoso – no entanto, felizmente, qualquer possibilidade de colisão está completamente descartada.

No entanto, o facto de ter sido descoberto apenas uma semana antes da sua passagem é um pouco preocupante. Um asteroide do tamanho do ‘2024 MK’ causaria danos consideráveis caso viesse na nossa direção e, por isso, descobrir a sua chegada alguns dias antes deixou a comunidade científica em alerta.

Coincidentemente, o ‘2024 MK’ passará próximo à Terra bem no Dia do Asteroide, celebrado este sábado. A data, aprovada pela ONU, marca a maior colisão de um asteroide com o nosso planeta: a colisão de 1908 em Tunguska, na Sibéria, numa área praticamente deserta, derrubou cerca de 80 milhões de árvores.

Parte da Europa escapou, por sorte, da colisão de 1908, uma pequena diferença de tempo (e de rotação da Terra) poderia ter feito com que o asteroide caísse na área mais densamente povoada do continente.

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