DGS admite estudar uso de máscaras em crianças com mais de seis anos

A directora geral da saúde, Graça Freitas, admitiu esta sexta-feira estudar a possibilidade do uso de máscaras em crianças com mais de seis anos.

Na habitual conferência de imprensa, a responsável indica que estão a ser estudados três aspectos «importantes» nesse sentido: o primeiro diz respeito à utilização de máscaras por crianças de seis anos de idade, tal como recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

«Esse é um factor que estamos a estudar, a DGS com os seus colaboradores, sobretudo na área da pediatria, mas também na área do programa de prevenção e controlo da infecção», acrescenta.

O segundo aspecto remete para a utilização de máscaras em locais públicos. Graça Freitas considera que é necessário «fazer destrinça entre espaços públicos que são frequentados por várias pessoas em simultâneo que podem ter tratamento de espaço público aberto e pouco frequentado», revela.

«Temos de ter a noção do risco. Sempre dissemos que íamos implementar medidas de segurança proporcionais ao risco. Ir para uma rua movimentada de uma cidade é diferente do que passear o cão às 22h00 numa zona não movimentada. Teremos que ter esse bom senso e sentido de proporcionalidade», afirma a directora geral da saúde.

O terceiro e último factor,  tem que ver com os estudos sobre a eficácia de determinados tipos de máscara.

No que diz respeito ao aumento de casos nos últimos dia, Graça Freitas revela que «há um clima para que isso aconteça», sublinhando que estão a tentar encontrar um «equilíbrio» entre proteger a população e retomar as economias. «Casos isolados têm construído surtos, em instituições, empresas e locais de trabalho», explica.

A responsável abordou ainda o tema do regresso às aulas, admitindo a necessidade de terem de ser feitos «reajustamentos». «É normal que aquelas regras gerais que podem ser aplicadas em condições ideais podem ter que ser revisitadas para encontrar soluções alternativas. Uma coisa são as orientações, outra é a capacidade que há de operacionalizar essas orientações», defendeu.

«É um processo contínuo e haverá necessidade de fazer muitos ajustamentos», mesmo depois de começar o ano lectivo, segundo Graça Freitas. «Há coisas que só se conseguem verificar quando se têm de implementar e temos de ter essa disponibilidade para adaptar essas orientações a situações particulares», concluiu.

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