Detidos membros da família mais rica do Reino Unido por explorar trabalhadores em casa de luxo

Um tribunal criminal suíço condenou na última sexta-feira quatro membros da influente família multimilionária Hinduja por explorar trabalhadoras domésticas na sua luxuosa villa à beira do lago.

Os réus foram considerados culpados de apreender os passaportes dos empregados, impedindo-os de sair e obrigando-os a trabalhar até 18 horas por dia. As acusações revelaram um ambiente de trabalho opressor, descrito pelos funcionários como um “clima de medo” instaurado por Kamal Hinduja. Os trabalhadores relataram que trabalhavam longas horas, com pouco ou nenhum período de férias, e aumentavam ainda as horas quando havia eventos. Muitos dormiam em condições precárias, no porão, às vezes em colchões no chão, revela a ‘Euronews’.

No entanto, o tribunal suíço rejeitou as acusações mais graves de tráfico de seres humanos contra Prakash Hinduja, de 79 anos, a sua esposa Kamal, o seu filho Ajay e a sua nora Namrata, argumentando que, pelo menos em parte, os trabalhadores tinham conhecimento das condições que aceitavam.

Os quatro foram condenados a penas de prisão que variam de quatro a quatro anos e meio. Os trabalhadores explorados, na maioria indianos analfabetos, recebiam salários em rúpias indianas, depositados em bancos na Índia, aos quais não tinham acesso direto.

Robert Assael, advogado de Kamal Hinduja, considerou a sentença excessiva, destacando que os acusados são pessoas idosas com a saúde debilitada.

A decisão do tribunal incluiu a apreensão de diamantes, rubis, um colar de platina e outras joias e bens da família, que poderão ser usados para pagar honorários legais e possíveis penalidades.

A família Hinduja, liderada por Prakash e pelos seus irmãos, dirige um conglomerado industrial com interesses em tecnologia da informação, media, energia, imobiliário e saúde. A revista Forbes estima a fortuna da família em cerca de 18,6 mil milhões de euros.

 

 

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