Desflorestação na Amazónia aumentou 28% nos últimos doze meses

Dados publicados pela revista científica Science mostram que a desflorestação na Amazónia voltou a aumentar consideravelmente nos últimos 12 meses. Segundo a publicação, houve um aumento de 28% de desflorestação entre Agosto de 2019 e Julho de 2020, em comparação com o período homólogo dos anos anteriores.

Os dados provêm do Sistema de Detecção de Desflorestação em Tempo Real (DETER), que usa imagens de satélite de baixa resolução para identificar com rapidez novos focos de desflorestação, de modo a alertar as autoridades sobre possíveis focos de actividades ilegais.

De acordo com a Science, trata-se da “segunda subida acentuada sob o governo de Jair Bolsonaro”, que prometeu na sua campanha eleitoral “aumentar o desenvolvimento na Amazónia”.

Mais de 8700 quilómetros quadrados de área florestal primária já desapareceram desde Agosto de 2019, de acordo com dados actualizados até 23 de Julho, em comparação com a área de 6800 quilómetros quadrados perdida nos 12 meses anteriores, indica também a publicação.

Embora o sistema DETER não identifique as causas da desflorestação, outros estudos mostram que a grande maioria é ilegal – realizada por fazendeiros, madeireiros, mineiros, entre outros que procuram lucrar com a ocupação e exploração de áreas florestais públicas.






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