Desastre na coreia foi o sexto caso este ano: mapa revela países afetados por grandes acidentes aéreos em 2024

O ano de 2024 registou seis grandes acidentes aéreos, destacando-se como um dos mais trágicos na história recente da aviação. O incidente mais recente ocorreu no domingo, na Coreia do Sul, envolvendo um Boeing 737 da Jeju Air, que se despenhou no Aeroporto Internacional de Muan. A bordo, todos os passageiros perderam a vida, exceto dois membros da tripulação.


Tragédia na Coreia do Sul
O acidente com o voo 2216, que culminou numa explosão e incêndio, levantou sérias preocupações sobre a segurança aérea no país. Em resposta, o governo sul-coreano anunciou que irá realizar uma inspeção de segurança abrangente em todos os Boeing 737-800 operados por companhias aéreas domésticas.

Choi Sang-mok, presidente em exercício da Coreia do Sul, visitou o local do acidente e expressou a sua solidariedade às vítimas: “Nenhuma palavra de consolo será suficiente para as famílias que sofreram esta tragédia.”

Acidentes anteriores
O desastre na Coreia do Sul soma-se a uma série de incidentes que marcaram o setor este ano, afetando países como Azerbaijão, Brasil, Nepal, Rússia e Japão.

Azerbaijão (25 de dezembro): Um Embraer 190 da Azerbaijan Airlines, que transportava 67 pessoas de Baku para Grozny, desviou a rota devido a condições meteorológicas adversas e despenhou-se em Aktau, Cazaquistão. Morreram 42 pessoas. O presidente azeri, Ilham Aliyev, comentou: “A informação que recebi é que o avião alterou o curso por causa do mau tempo e caiu ao tentar aterrar em Aktau.”

Brasil (9 de agosto): Um dos piores desastres da aviação brasileira ocorreu com um ATR-72 da Voepass, que se despenhou perto de Vinhedo, São Paulo, durante um voo entre Cascavel e Guarulhos. O acidente matou os 62 ocupantes, incluindo 4 tripulantes.

Nepal (24 de julho): Um Bombardier CRJ200 da Saurya Airlines caiu durante a descolagem no Aeroporto Internacional Tribhuvan, em Katmandu. Das 19 pessoas a bordo, 18 morreram. O piloto foi o único sobrevivente.

Rússia (24 de janeiro): Um Ilyushin Il-76M caiu na região de Belgorod, matando 74 pessoas, entre as quais 65 prisioneiros de guerra ucranianos.

Japão (2 de janeiro): Uma colisão entre um Airbus A350 da Japan Airlines e uma aeronave da Guarda Costeira Japonesa no Aeroporto de Haneda resultou na evacuação segura dos 379 passageiros do voo comercial. Contudo, cinco tripulantes da Guarda Costeira perderam a vida.

Reações das partes envolvidas
A Boeing, cuja aeronave esteve envolvida no desastre na Coreia do Sul, declarou: “Estamos em contacto com a Jeju Air relativamente ao voo 2216 e prontos para prestar apoio. Estendemos as nossas mais profundas condolências às famílias das vítimas, e os nossos pensamentos permanecem com os passageiros e a tripulação.”

Já a Embraer, fabricante do avião que caiu no Azerbaijão, afirmou: “Estamos profundamente consternados com o incidente envolvendo um Embraer 190 perto de Aktau. Os nossos pensamentos e sinceras condolências estão com as famílias e entes queridos das vítimas.”

Para o caso sul-coreano, foi confirmado que o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB) e a Administração Federal de Aviação (FAA) irão participar na investigação. O objetivo será determinar as causas do acidente e identificar possíveis falhas nos protocolos de segurança.

Os acidentes deste ano reabriram o debate global sobre a necessidade de melhorar os regulamentos de segurança aérea. Em alguns países, como a Coreia do Sul, as tragédias já impulsionaram medidas concretas para reforçar a supervisão de aeronaves e operadoras.

Enquanto as investigações continuam, a comunidade internacional questiona se estas tragédias refletem problemas estruturais na aviação global ou meros eventos isolados, mas catastróficos.