Desastre do Concorde em Paris foi há 24 anos: 113 pessoas perderam a vida no momento que marca o fim das viagens supersónicas

O acidente do Concorde, a caminho de Nova Iorque, ocorreu há exatamente 24 anos: o avião envolvido foi o voo 4590 da Air France, um incidente que ocorreu logo após a descolagem do Aeroporto Charles de Gaulle em Paris (França) e que resultou na morte de todos os 109 passageiros e tripulantes a bordo, assim como quatro pessoas no solo.

O Concorde era, sem sombra de dúvidas, o avião mais icónico da aviação mundial, conhecido pela sua capacidade de viajar a velocidades supersónicas, o que o tornou um símbolo de viagens aéreas de luxo à época. Porém, a 25 de julho de 2000, uma série de eventos levou ao acidente catastrófico.

O que aconteceu?

Quando descolou o avião, passou por cima de destroços na pista – esses destroços, mais tarde identificados como uma tira de titânio caída de um voo anterior, furaram o pneu do Concorde: o estouro do pneu fez como que fossem lançados fragmentos na parte inferior da asa, danificando um tanque de combustível.

Em plena subida, começou a verter uma quantidade significativa de combustível do tanque danificado: esta fuga levou a um incêndio num dos motores e na asa, prejudicando gravemente o desempenho e a estabilidade do avião – a tripulação ainda tentou manter o controlo, mas a situação rapidamente se tornou insustentável.

Com a perda de potência e controlo, o Concorde tentou regressar ao Aeroporto Charles de Gaulle para uma aterragem de emergência: no entanto, não conseguiu ganhar altitude suficiente para completar a curva e colidiu com um hotel na cidade vizinha de Gonesse, explodindo em chamas com o impacto.

O acidente foi um golpe devastador para a indústria da aviação e resultou na suspensão de operações de toda a frota do Concorde – a investigação do acidente revelou falhas críticas de projeto nos tanques de combustível e medidas de segurança do Concorde, que contribuíram para o desastre.

Após o acidente, fora feitas modificações no avião para resolver as vulnerabilidades do tanque de combustível, sendo que o Concorde foi autorizado a regressar ao serviço em 2001 – no entanto, teve um impacto duradouro na perceção pública e o interesse em viagens supersónicas começou a diminuir.

Em 2003, o Concorde foi ‘reformado’ permanentemente do serviço comercial pela Air France e British Airways, o que marcou o fim de uma era em viagens aéreas supersónicas.

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