Depois do petróleo, gás e carvão, a escassez global de combustível alarga-se para o diesel

A oferta global de diesel está a diminuir à medida que as refinarias lutam para acompanhar a rápida recuperação do pós-pandemia, exacerbando uma aguda escassez global de energia que já elevou os preços do gás, carvão e petróleo bruto.

Num momento em que os bancos centrais globais estão preocupados com as taxas de inflação nunca vistas em décadas, a escassez de diesel aumentou ainda mais os custos de combustível e transporte, o que tem causado mais pressão para a subida de preços em retalhistas de todos os setores. Os stocks de gasóleo, que incluem diesel e óleo para aquecimento, mantidos em armazenamento na Europa, caíram 2,5% na semana passada, segundo os últimos dados da Insights Global.

Os analistas da Morgan Stanley observaram que os preços do diesel atingiram cerca de 157 euros o barril em 2008, impulsionados por um mercado de destilados médios “extremamente apertados”, com o petróleo Brent a subir perto dos 130 euros/bbl, e na semana passada, uma tempestade de inverno “testou” a disponibilidade do combustível nos EUA, enquanto a Coreia do Sul e a Índia não conseguiram preencher a lacuna de oferta deixada pela recente repressão da China às exportações de produtos refinados.

Até ao momento, os fluxos preliminares de diesel e gasóleo para a Europa a partir do leste de Suez, Rússia, Báltico e EUA, estão atualmente em 1,66 milhões de toneladas, revisto para baixo em relação às expectativas pensadas anteriormente e que era de 1,83 milhões de toneladas, isto, segundo dados da Refinitiv, até ao final do mês de janeiro.