Depois da Polónia, Eslováquia anuncia que também vai enviar caças MiG-29 para a Ucrânia

Depois da Polónia, é a vez da Eslováquia auxiliar a Ucrânia, invadida pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022. Esta sexta-feira, o primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, anunciou que o país vai enviar caças MiG-29 para Kiev de forma a aumentar a assistência militar, tornando-se assim o segundo país dos aliados a ajudar.

Embora a Eslováquia tenha uma frota de onze aviões de combate de fabrico soviético, MiG-29, reformada no verão passado, a maior parte dos veículos não estão operacionais. Como tal, o país vai enviar os que estão em funcionamento e tentar recuperar os restantes, de acordo com a Reuters.

A Eslováquia vai ainda fornecer parte do seu sistema de defesa aérea KUB, revelou o primeiro-ministro. “Hoje, o governo decidiu e aprovou por unanimidade um acordo internacional (sobre a doação)”, revelou ao acrescentar: “O processo de entrega destes caças é estreitamente coordenado com o lado polaco, com a Ucrânia e, claro, com outros aliados”.

Após esta iniciativa, o país vai receber uma compensação financeira da União Europeia (UE) após ter chegado a acordo com os Estados Unidos da América (EUA) sobre entregas de material militar no valor de cerca de 700 milhões de dólares, segundo Heger.

Em 2018, a Eslováquia encomendou aviões de caça F-16 aos EUA para substituir os MiG-29 mais antigos, contudo devido a um atraso, espera-se que os primeiros aviões de fabrico norte-americano cheguem em 2024.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, justificou a guerra com a necessidade de “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, ofensiva militar que levou a União Europeia (UE) a responder com vários pacotes de sanções internacionais. Para assinalar o aniversário da guerra, os aliados ocidentais da Ucrânia anunciaram o reforço do apoio militar a Kiev.

A invasão russa desencadeou uma guerra de larga escala que deixou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Não é conhecido o número de baixas civis e militares do conflito, contudo diversas fontes, entre as quais a Organização das Nações Unidas (ONU), admitiram que será elevado.

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