Da Microsoft à Tesla: As previsões de 7 CEOs para o ano de 2023

Com a chegada do final de 2022, é imperativo tentar perceber o que se passa com a economia.

A ‘Business Insider’ criou uma lista com a opinião de vários presidentes executivos de empresas conhecidas, desde Elon Musk, da Tesla, a Raj Subramaniam, da FedEx:

 

CEO da Tesla: Elon Musk

Na sua participação no Fórum Económico do Qatar, Elon Musk falou na inevitabilidade de acontecer uma recessão, dizendo que deve acontecer mais cedo ou mais tarde.

Quando questionado sobre o seu “mau pressentimento” relativamente à economia e sobre o que achava dos comentários feitos por funcionários do governo de Biden, que disseram que uma recessão nos EUA “não é inevitável”, o CEO da Tesla disse: “Bem, acho que uma recessão é inevitável em algum momento”, acrescentando que “quanto a uma recessão no curto prazo”, é mais provável não acontecer, segundo declarações a que o site ‘Business Insider’ teve acesso.

Em dezembro de 2021, o multimilionário já tinha falado do assunto, dando conta de uma “intuição” de que esta recessão iria acontecer na primavera ou verão deste ano, ou o mais tardar em 2023.

 

CEO da FedEx: Raj Subramaniam

As opiniões divergem sobre se a economia está a entrar ou não em recessão. Mas para o CEO da FedEx, Raj Subramaniam, é claro: é iminente uma recessão para a economia global.

Quando questionado pela ‘CNBC’ sobre se a economia está a entrar numa recessão mundial, o responsável respondeu que pensa que sim, acrescentando que os “números não são muito bons”, estando a referir-se ao facto de a empresa ter falhado as expectativas de receitas e lucros no primeiro trimestre. Para além disso, reduziram as projeções para o total do ano.

“Estou muito dececionado com os resultados que acabámos de anunciar (…) o foco é realmente a situação macro que estamos a enfrentar”, disse Subramaniam.

 

CEO do Hilton: Chris Nassetta

O responsável do setor de hotelaria é ligeiramente mais otimista. Em meados de outubro, disse que acredita existir “uma probabilidade razoavelmente positiva” de a economia ter uma “aterragem de suave a turbulenta”. Em julho já tinha afirmado existir “muita incerteza macroeconómica”.

 

CEO do JP Morgan: Jamie Dimon

O diretor executivo do maior banco dos EUA, o JP Morgan Chase, disse em junho que os investidores devem estar preparados para “um furacão”, que se aproxima devido à política monetária restritiva e à invasão russa da Ucrânia.

“Este furacão que está aqui e agora e aproxima-se de nós (…). Não sabemos como vai ser, pelo que é melhor que nos preparemos”, disse Jamie Dimon, durante uma conferência para investidores, organizada hoje pela Alliance Bernstein Holdings.

“No JP Morgan já nos estamos a preparar e vamos ser muito conservadores com os nossos balanços financeiros”, adiantou Dimon, que situou as suas principais preocupações na inflação e nas respostas da Reserva Federal (Fed) para a combater.

CEO do Goldman Sachs: David Solomon

Esta semana, o banco reportou resultados e, nessa ocasião, o seu responsável disse que as probabilidades de recessão são elevadas.

“Acho que está na altura de sermos cautelosos. Se está à frente de um negócio com base no risco, está na altura de pensar mais cautelosamente sobre a caixa de risco, o apetite pelo risco. Acho que temos de esperar que há mais volatilidade no horizonte. Agora, isso não significa com certeza que temos um cenário económico realmente difícil. Mas olhando para vários resultados, há uma grande probabilidade de haver uma recessão nos Estados Unidos”, disse o responsável do banco.

 

CEO do Deutsche Bank: Christian Sewing

“Não conseguiremos mais evitar uma recessão na Alemanha”, disse Sewing em Setembro. “No entanto, acreditamos que a nossa economia é suficientemente resistente para enfrentar bem esta recessão – desde que os bancos centrais atuem rápida e decisivamente agora”.

 

CEO da Microsoft: Satya Nadella 

“Nenhum de nós é imune a consequências macroeconómicas”, disse o CEO Satya Nadella numa entrevista com o Yahoo Finance em Outubro, sublinhando que estamos num período em que cada empresa precisa de “fazer mais com menos”.

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