Custos com pessoal e efeito de sazonalidade explicam prejuízos na TAP, admite CFO

O administrador financeiro (CFO) da TAP afirmou hoje que a empresa vive um momento histórico, justificando os prejuízos do último trimestre de 2023 e primeiro de 2024 com os custos com pessoal pelos novos acordos e o efeito sazonal.

Gonçalo Pires está hoje a ser ouvido pelos deputados sobre a situação financeira da TAP, na sequência de um requerimento do Chega, tendo referido que “obviamente que os custos com pessoal tiveram impacto” nos resultados registados, porque a companhia aérea celebrou acordos de empresa “que representam um encargo adicional”.

Mas nestes resultados pesa também “um efeito de sazonalidade” do negócio, disse, salientando que se vive “um momento histórico na TAP”, pois os resultados de 2023 “são históricos” – notando que o plano de reestruturação apenas apontava para resultados positivos em 2024.

A TAP comunicou prejuízos de 71,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um agravamento face ao resultado líquido negativo de 57,4 milhões registados no mesmo período do ano passado.

Em 2023, a companhia aérea registou um lucro ‘recorde’ de 177,3 milhões de euros, com um prejuízo de 26,2 milhões no último trimestre daquele ano.

A Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação vai ouvir também hoje o presidente da TAP, Luís Rodrigues, igualmente para prestar esclarecimentos sobre a situação da transportadora, nomeadamente, sobre os prejuízos registados no quarto trimestre de 2023 e no primeiro trimestre de 2024.

Os novos acordos de empresa foram negociados com todos os sindicatos representativos dos trabalhadores da companhia, após os antigos terem sido denunciados para que pudessem entrar em vigor os acordos temporários de emergência, que permitiram a aplicação de cortes salariais, no âmbito do auxílio de Estado e do plano de reestruturação, no seguimento das dificuldades causadas pela pandemia de covid-19.

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