CTP alerta para aumento da criminalidade nos pontos turísticos de Portugal este verão

A subida da criminalidade em Portugal mereceu, esta sexta-feira, uma chamada de preocupação da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) face aos relatos de aumento de crimes no nosso país, sobretudo nos meses de verão, em que o número de turistas aumenta significativamente, tendo advertido para a necessidade do reforço dos dispositivos das forças e serviços de segurança do Ministério da Administração Interna, bem como dos agentes de Proteção Civil durante a chamada época alta.​

Em comunicado, o organismo refere que “nas últimas semanas, a CTP tem sido alertada para vários incidentes ocorridos em regiões mais frequentadas por turistas, nomeadamente Lisboa, Porto e Albufeira, e em locais como aeroportos, restaurantes e zonas de elevada afluência”, salientando que “segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado em maio, a criminalidade atingiu em Portugal em 2023 o valor mais elevado em 10 anos”.

“Estamos apreensivos e já fizemos chegar as nossas preocupações ao Ministério da Administração Interna”, indicou Francisco Calheiros, presidente da CTP. “A segurança é um indicador fundamental para o turismo, e não se trata apenas de proteger quem nos visita mas assegurar a reputação que sempre nos caracterizou enquanto destino.”

Recorde-se que a Polícia de Segurança Pública (PSP) de Portugal implementou várias medidas de segurança para o verão de 2024, em resposta a preocupações sobre o aumento da criminalidade. A operação “Polícia Sempre Presente – Verão Seguro 2024” está em vigor desde 15 de junho – e até 15 de setembro – e inclui uma série de ações preventivas e de reforço da presença policial em zonas balneares, turísticas, e áreas de grande afluência de pessoas​.

Tendo em conta o reforço da capacidade operacional, nos primeiros 30 dias da operação “Polícia Sempre Presente – Verão Seguro 2024”, a PSP efetuou 2.071 detenções em todo o território nacional. Das detenções efetuadas destacam-se 670 por crimes rodoviários, nomeadamente 351 por condução sob o efeito do álcool e 319 por falta de habilitação legal para conduzir. Foram detidos 210 suspeitos por tráfico de estupefacientes, tendo sido apreendidas 245 706 doses individuais. Foram também efetuadas 175 detenções por crimes contra a propriedade (furtos, roubos e burlas).

No âmbito do controlo e fiscalização do fabrico, armazenamento, comercialização, uso e transporte de armas e munições, a PSP promoveu uma operação de destruição de 8.317 armas e apreendeu um total de 205 armas.

No que diz respeito à segurança rodoviária, na janela temporal mencionada, a PSP fiscalizou 54.678 viaturas, tendo registado 15.614 autos de notícia por contraordenação. Foram controladas 128.951 viaturas por radar, das quais 2.298 detetadas em excesso de velocidade.Quanto à sinistralidade rodoviária, no mesmo período temporal foram registados 4.807 acidentes, dos quais resultaram 1.543 feridos (55 feridos graves e 1.488 feridos leves) e, lamentavelmente, 10 vítimas mortais.

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