Crise política: Costa já está reunido com Marcelo em Belém para discutir solução para o Ministério das Infraestruturas
António Costa chegou esta terça-feira ao final da tarde ao Palácio de Belém para uma reunião com o Presidente da República, tendo em vista a discussão de uma solução para o Ministério das Infraestruturas, no seguimento da demissão pedida por João Galamba do cargo.
Á reunião, que ficou marcada logo no sábado, para esta terça-feira às 17h15, António Costa chegou com cerca de 15 minutos de atraso. Na altura ficou logo definido que um dos principais temas a discutir será a situação de João Galamba no Governo, perante o facto de ter sido constituído arguido na Operação Influencer, que levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.
No entanto, a discussão acabou por ver um ‘revés’: esta segunda-feira João Galamba apresentou a sua demissão, que foi aceite por António Costa. Assim, agora o primeiro-ministro está reunido com Marcelo para encontrar uma solução: poderá ser António Costa a assumir também esta pasta em acumulação, como poderá ser entregue a um novo rosto, que ficará responsável pelo Ministério das Infraestruturas até março.
“Apresentei este pedido de demissão após profunda reflexão pessoal e familiar, e por considerar que na minha qualidade de pai e de marido esta decisão é a única possível para assegurar à minha família a tranquilidade e discrição a que inequivocamente têm direito. Em primeiro lugar quero transmitir que apresentei o meu pedido de demissão apesar de entender que não estavam esgotadas as condições políticas de que dispunha para o exercício das minhas funções”, garantiu João Galamba em comunicado, dando conta da sua demissão.
No total, há nove arguidos no processo, entre eles o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.