“Crise no Médio Oriente está a ter um impacto discreto nas principais moedas”, refere David Brito

O conflito entre Israel e o Hamas já dura há duas semanas e tem tido fortes consequências na economia. No entanto, está a ter um impacto discreto nas principais moedas.

“A crise no Médio Oriente está, por enquanto, a ter um impacto discreto nas principais moedas, que continuam a ser impulsionadas principalmente pelos números da inflação e pelas comunicações e decisões dos bancos centrais”, explica à Executive Digest David Brito, Diretor-Geral da Ebury.

O executivo explica que o relatório de inflação de setembro dos Estados Unidos da América mostrou sinais de que a tendência de abrandamento está a perder força e os retornos sobre os títulos do Tesouro Americano recuperaram, valorizando o dólar contra a maioria das moedas mundiais.

Por outro lado, as moedas latino-americanas beneficiaram do aumento dos preços do petróleo.

David Brito explica ainda que os dados do mercado de trabalho (terça-feira) e da inflação (quarta-feira) do Reino Unido, e da inflação do Japão (sexta-feira) serão os principais pontos de atenção para as moedas do G10, acrescentando que os discursos dos responsáveis dos bancos centrais da Reserva Federal, do Banco Central Europeu e do Banco de Inglaterra “poderão também dar algumas pistas sobre futuras decisões em relação à política monetária”.

No final da semana passada, o Euro terminou a semana com uma pequena desvalorização em relação ao dólar, e a Ebury considera que “isto parece validar a nossa opinião de que os níveis atuais apontam para um cenário muito negativo para a Zona Euro e que quaisquer surpresas positivas podem ter um efeito desequilibrado na moeda comum”.

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