Crise imobiliária: Famílias ricas de Hong Kong estão a vender casas de luxo ao desbarato para pagar dívidas

A crise imobiliária de Hong Kong está a deixar marcas profundas nas finanças das famílias ricas da cidade. A venda de propriedades de luxo com prejuízo crescente está a refletir a turbulência económica que afeta tanto os proprietários quanto o mercado imobiliário local.

No último mês, uma família endividada liquidou sete propriedades no prestigiado distrito de Peak por impressionantes 230 milhões de euros, incluindo vendas com grandes descontos, conta a Bloomberg. A mesma fonte revela que, em abril, uma empresa familiar vendeu a sua participação no edifício AIA Central, acumulando um prejuízo de 18 milhões de euros. Outro clã proeminente no setor de retalho também teve dificuldades, vendendo uma loja com um prejuízo de 60% e enfrentando a apreensão de outras propriedades por administradores judiciais.

Dados do CBRE Group Inc. indicam que cerca de 75% das transações imobiliárias de altos valores — acima dos 9 milhões de euros cada — no primeiro semestre deste ano foram realizadas por vendedores em dificuldades financeiras.

O mercado imobiliário de Hong Kong está a enfrentar uma queda contínua, exacerbada pela desaceleração económica da China, taxas de juros elevadas e valores imobiliários em declínio.

Com a perspetiva de mais famílias enfrentarem desafios financeiros, a pressão sobre o mercado imobiliário de Hong Kong pode intensificar-se ainda mais. As taxas de juros elevadas e a falta de recuperação rápida da economia chinesa estão a fazer com que muitos proprietários considerem a venda das suas propriedades como uma solução necessária para enfrentar a crise.






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