Crise energética: Reino Unido prepara-se para ficar sem luz e gás no próximo inverno. Pior cenário aponta para “apagões” de 4 dias

O verão ainda corre, mas aproxima-se a passos largos o inverno, e os países europeus estão a criar planos de contingência para evitar ficarem sem energia, numa altura em que a Rússia está a reduzir o volume de gás que envia para a Europa.

Orientando-se pelo “pior cenário razoável”, o governo britânico estará já a preparar-se para vários dias durante os meses de inverno em que o frio poderá combinar-se com a escassez de gás, gerando “apagões” um pouco por todo o país, atingindo indústrias e residências.

Fontes não identificadas contam à ‘Bloomberg’ que Londres prevê que seja possível que a rede elétrica seja apenas capaz de garantir um sexto da energia durante o pico da procura, isto já depois de o governo ter colocado em cima da mesa planos de emergência para reativar centrais elétricas a carvão.

O pior cenário coloca como possível que durante quatro dias de janeiro de 2023 o Reino Unido sofra “apagões” e que tenha de ativar medidas de redução do consumo de gás, num contexto em que também o abastecimento de gás vindo da Noruega e de França diminui, enquanto cada país tenta garantir as suas próprias reservas para os meses mais frios do ano.

No entanto, o governo britânico acredita que o cenário mais negro poderá não vir a concretizar-se, mas não afasta a possibilidade de, no fim de contas, acabar por materializar-se.

Aponta a ‘Bloomberg’ que esse será um problema que deverá ser gerido por quem suceder ao Primeiro-ministro demissionário Boris Johnson, no próximo mês de setembro. Caso o pior cenário aconteça, Liz Truss ou Rishi Sunak terão em mãos uma crise energética e também social, uma vez que a população britânica têm manifestado grande descontentamento pelo aumento significativo dos custos energéticos, que podem vir a duplicar, num contexto de crescente inflação e de redução do poder de compra.

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