Crise da produtividade assombra a Europa: Envelhecimento e falta-de-mão de obra qualificada comprometem empresas

A Europa enfrenta um grande desafio, a baixa produtividade. O problema intensifica-se em França, onde a produtividade por hora trabalhada disparou nos últimos anos. Essa queda, agravada no pós-pandemia, coloca em risco a competitividade da região frente a potências como os EUA.

Entre os principais problemas identificados estão, por exemplo, o excesso de regulamentação e burocracia, que dificulta a inovação e o empreendedorismo, impedindo empresas de se tornarem mais eficientes e produtivas, ou ainda o envelhecimento da população europeia, que diminui a força de trabalho ativa, levando à escassez de mão de obra e aumento dos custos laborais, dificultando o crescimento da produtividade.

Para além disso, a Europa enfrenta escassez de mão de obra qualificada em áreas como STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), impedindo empresas de adotar novas tecnologias e se tornarem mais eficientes, e investe menos em educação e formação profissional do que outras economias avançadas, resultando em trabalhadores menos qualificados que os seus pares noutros países, dificultando o aumento da produtividade.

A França é um caso particularmente preocupante. O país vivenciou o maior declínio de produtividade por hora trabalhada na Europa nos últimos anos. As razões para isso incluem: A França possui um dos maiores níveis de emprego da Europa, significando um grande número de pessoas em empregos pouco produtivos; A taxa de emprego entre jovens e idosos em França aumentou significativamente nos últimos anos, levando a um aumento do número de pessoas em empregos pouco produtivos; o país possui ainda uma força de trabalho relativamente pouco qualificada, significando que os trabalhadores franceses têm menos habilidades e qualificações que os seus pares, dificultando o aumento da produtividade.

Se a Europa não tomar medidas para resolver o problema da baixa produtividade, a região corre o risco de ficar para trás em relação a outras economias avançadas, levando a um declínio no nível de vida e aumento do desemprego.