Criação de novas empresas cai 43% e insolvências sobem mais de 15%

A constituição de novas empresas registou uma quebra de 42,7% em janeiro, face ao período homólogo de 2020, enquanto que as insolvências aumentaram 15,4%, de acordo com uma análise feita pela ‘Iberinform’.

Num comunicado enviado às redações, o organismo refere que as insolvências aumentaram 15,4%, com um total de 531 ações de insolvências, mais 71 que no período homólogo de 2020».

Também o valor acumulado de insolvências é igualmente superior aos totais de 2018 e 2019, subindo cerca de 12% e 26,7%, respetivamente. «As declarações de insolvências requeridas em janeiro tiveram um crescimento homólogo de 35,4% (mais 28 empresas), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas decresceram 6,6% (menos sete empresas)», revela.

Adicionalmente, os encerramentos com plano de insolvência caíram 71,4% face a 2020 (menos cinco ações). «No período em análise foi declarada a insolvência de 323 empresas, mais 55 que em 2020. O somatório de todas as ações resulta num aumento de 15,4% no total das insolvências face a 2020», adianta a ‘Iberinform’.

Na análise distrital, é possível observar que «dos 22 distritos e regiões autónomas nacionais, doze registam aumentos (54,5%), oito decréscimos (33,4%), com duas variações nulas (9,1%). Para além disso, «os distritos com aumentos neste indicador representam 84,2% do total de insolvências em janeiro».

Em termos percentuais, os crescimentos mais significativos nas insolvências pertencem a Vila Real (700%), Portalegre (100%), Castelo Branco (77,8%), Guarda (66,7%), Setúbal (40%) e à região da Madeira (36,4%). Os decréscimos face a 2020 verificam-se em Braga (-83,3%), Beja (-50%), Angra do Heroísmo (-33,3%), Faro (-28%), Santarém (-28%), Viseu (-20%), Ponta Delgada (-16,7%) e Leiria (-5,9%).

No que diz respeito à criação de novas empresas, foram constituídas 3.144 em janeiro, menos 2.346 do que no período homólogo de 2020-42,7%). «Comparativamente com 2019, a variação negativa é ainda mais acentuada (-52,8%) e «está relacionada com a situação epidemiológica que o país enfrenta», adianta na análise.

Lisboa é o distrito com o «número de constituições mais significativo», com 821 novas empresas, segue-se o Porto, com 649. Nesta matéria as quebras mais acentuadas registam-se em Angra do Heroísmo (-61,9%), Faro (-57,8%), Lisboa (-55,3%), Portalegre (-50%), Vila Real (-50%) e Coimbra (-49,4%), entre outros.

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