Crescimento da Bolt tem permitido responder à crise “que o panorama global tem colocado”, afirma responsável de Ride-hailing em Portugal

O atual ambiente de inflação a que assistimos pode ser considerado como um  “desequilíbrio inesperado” e descontrolado entre a oferta e a procura. Com países a atingirem taxas de inflação de dois dígitos, é necessário perceber o que se pode fazer para chegar a um equilíbrio. A situação da guerra na Ucrânia, que já trouxe tantas perturbações aos mercados, continua também a ser uma incerteza.

Questionado pela ‘Executive Digest’ sobre quais as perspetivas da empresa em Portugal perante o atual cenário, Nuno Inácio, Responsável de Ride-hailing da Bolt em Portugal, fala no impacto causado pelo contexto económico e geopolítico na empresa, não descartando o otimismo e confiança para o futuro.

“A Bolt, a par de muitas empresas e setores a nível europeu, também foi inevitavelmente impactada pelo recente contexto geopolítico e económico. Trabalhando várias áreas de negócio, que vão desde os TVDE à entrega de mercearias em casa, fomos afetados em várias frentes. A título de exemplo, a escalada de preço dos combustíveis afetou diretamente os nossos motoristas; para contrariar isto, implementámos desde logo medidas, como recompensas consoante as distâncias de recolha de passageiros, ou a iniciativa Copa Bolt: uma espécie de torneio em que os motoristas podiam passar um número de fases consoante o número de viagens e obedecendo a critérios rigorosos, onde os vencedores de cada edição receberam até 3.300€. Também por forma a incentivar à transição para veículos elétricos, temos em vigor desde março deste ano a redução em 75%, durante um ano, nas comissões cobradas a todos os motoristas que usem a categoria Gama Elétrica.

Este aumento dos combustíveis teve, obviamente, repercussões indiretas, mas que também se fizeram sentir – as subidas nos custos de logística impactaram sobretudo o nosso setor de micromobilidade. Nessa mesma área de negócio, sentimos também a inflação nos custos das peças necessárias para o fabrico dos nossos veículos de mobilidade suave; por outro lado, o problema da falta de chips tem causado algumas dificuldades na obtenção de novas viaturas para o negócio TVDE. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia, com os impactos sabidos no setor alimentar, vieram por sua vez também influenciar o preço das matérias primas dos negócios que trabalham com a nossa aplicação da Bolt Food ou Market, por exemplo.

Apesar de tudo, mantemo-nos otimistas quanto ao futuro da Bolt. O nosso crescimento, sempre feito de maneira sustentável e planeada, tem-nos permitido responder de maneira eficiente aos recentes cenários que o panorama global tem colocado. Estamos confiantes, também, que serão implementadas as medidas adequadas pelos órgãos responsáveis para contornar este período mais desafiante para a economia europeia.”






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