Crédito Agrícola vê lucros subirem quase 20% para 114,3 milhões de euros no primeiro trimestre

O Crédito Agrícola divulgou hoje os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2024, onde reportou um resultado líquido de 114,3 milhões de euros, correspondente a uma rentabilidade de capitais próprios de 18,3% e para a qual contribuíram os desempenhos positivos das principais componentes do Grupo (banca, seguros vida e não vida e gestão de ativos).

De acordo com os dados divulgados pelo banco, a variação homóloga verificada no resultado líquido foi de 19,2%, tendo sido influenciada principalmente pelo aumento da margem financeira em 33,7% (mais 51,8 milhões de euros face ao período homólogo) para 205,2 milhões de euros.

As seguradoras do Grupo CA representaram um contributo para o Resultado Líquido Consolidado de 4,3 milhões de euros no primeiro trimestre, tendo a CA Seguros apresentado um resultado líquido de 3,5 milhões de euros e a CA Vida de 0,8 milhões de euros, o que compara com um contributo total de 3,9 milhões de euros no período homólogo, um crescimento anual de 9,6%.

“O Grupo Crédito Agrícola tem vindo a solidificar a sua robustez financeira ano após ano e os resultados financeiros positivos que estamos a apresentar, referentes ao primeiro trimestre deste ano, são reflexo disso mesmo, tendo conduzido a uma rentabilidade de capitais próprios de 18,3%. Para tal, contribuíram a boa performance financeira do banco, dos seguros vida e não vida e a gestão de activos. Não obstante, mantemos o compromisso de proporcionar estabilidade e segurança aos nossos colaboradores. Os custos com pessoal verificaram um acréscimo de 5,4% face ao período homólogo, essencialmente devido ao crescimento do número de colaboradores do Grupo que se situou nos 4,4% e também à atualização salarial de 4,6% ocorrida em 2023”, refere Licínio Pina, Presidente do Grupo Crédito Agrícola.

No que respeita ao crédito, a taxa média a clientes aumentou 2,04 p.p. para 5,70% no primeiro trimestre, atenuada parcialmente pelo acréscimo de 0,85 p.p. na taxa média dos depósitos de clientes, para 0,89%, justificado em parte pela redução do peso dos depósitos à ordem (não remunerados) no total dos depósitos de clientes para 45,4%, e pelo aumento da taxa média de novos depósitos a prazo.

Já as comissões líquidas registaram um ligeiro decréscimo face ao período homólogo, tendo atingido os 38,0 milhões de euro, um decréscimo anual de 0,8 milhões de euros (-2,2%) justificado pela suspensão da cobrança de comissões ao abrigo das medidas aplicáveis ao crédito à habitação até final de 2024 e pelo não agravamento do preçário.

O banco revela ainda que os custos de estrutura atingiram os 106,4 milhões de euros no período em análise, um acréscimo de 4,8%, ou 4,9 milhões de euros, por comparação com o homólogo. Este acréscimo justificou-se principalmente pelos custos com pessoal, que registaram um aumento de 5,4% (+3,4 milhões de euros) devido essencialmente ao crescimento do número de colaboradores do Grupo (+4,4%) e ao impacto das atualizações da tabela salarial de 4,6% em relação a 2023 (atualizações de 4,0% e 0,6%, reconhecidas em Fevereiro de 2023 e Outubro de 2023, respetivamente, com efeitos desde o início do ano, sobre o universo de colaboradores do grupo). Os gastos gerais administrativos registaram um crescimento de 3,5%, ou +1,1 milhões de euros.

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