Covid-19: Portugal tem mais duas novas variantes em circulação. 58% das infeções correspondem à estirpe britânica
Existem atualmente duas novas variantes a circular em Portugal, de acordo com o mais recente relatório do Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA), divulgado esta quarta-feira. «Destaca-se a deteção de duas novas variantes também com a mutação de interesse L452R na proteína Spike (linhagens A.21 e A.2.4)», indica o documento, que analisa a «diversidade genética» do vírus no nosso país.
Adicionalmente, segundo o INSA, já «foram analisadas 4346 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em 75 laboratórios, hospitais e instituições, representando 252 concelhos de Portugal», refere sublinhado que «desde o último relatório foram analisadas mais 1085 sequências, incluindo 861 sequências obtidas no âmbito da vigilância de periodicidade mensal com amostragem nacional que o INSA está a coordenar».
«Entre as novas sequências analisadas, a variante associada ao Reino Unido foi detetada por sequenciação com uma frequência relativa de 58.2% na amostragem nacional de fevereiro, mostrando um grande incremento relativamente à frequência de 16.0% observada em janeiro», adianta o organismo.
A análise tornou ainda possível detetar «cinco casos da variante associada à África do Sul, sendo que apenas se detetou um caso desta variante entre as 861 sequências da amostragem nacional de fevereiro. Esta observação sugere que a circulação desta variante é ainda limitada em Portugal (0.1% na amostragem de fevereiro)», esclarece.
«Para além de sete casos previamente notificados (associados a uma única cadeia de transmissão), foram detetados mais três casos da variante 501Y.V3 (P.1), primeiramente detetada no Brasil, em particular na região de Manaus (Amazónia)», num total de 10, explica.
Estas novas descobertas sugerem «que esta variante apresenta uma circulação limitada em Portugal (0.4% na amostragem de fevereiro)», segundo o INSA. «Foram ainda contabilizados 15 casos associados à variante P.2, também detetada inicialmente no Brasil e associada a casos de reinfeção», acrescenta.