Covid-19: Nova variante BA.2.86 é mais propensa a infetar vacinados, alerta CDC

Enquanto em Portugal continua a ganhar terreno a variante EG.5 ou Eris da Covid-19, sendo já responsável pela maioria dos novos casos, nos EUA surgiu recentemente a ameaça da variante BA.2.86.

Para já só há dois casos confirmados, mas a chegada desta variante levou o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA a fazer nova avaliação de risco.

Esta variante conta com casos noutras partes do mundo, e está a preocupar os especialistas e autoridades de saúde devido ao elevado número de mutações que apresenta.

Segundo a avaliação do CDC dos EUA, citada pela Reuters, esta nova variante pode ter maior capacidade de infetar pessoas já com imunidade, devido a vacinas ou anterior infeção, do que outras linhagens anteriores.

O elevado número de mutações poderá explicar o porquê de poder ser mais eficaz a evitar a imunidade existente ao vírus no organismo, segundo a CDC tem ainda mais mutações do que qualquer outra subvariante da Ómicron até agora detetada.

No entanto, o CDC diz ainda não dispor de dados que permitam prever como a variante BA.2.86 irá impactar a imunidade global, já que as amostras recolhidas não estão disponibilizadas para amplos testes laboratoriais.

“Quase toda a população dos EUA tem anticorpos contra o SARS-CoV-2 provenientes de vacinação, infeção anterior ou ambas, e é provável que estes anticorpos continuem a fornecer alguma proteção contra doenças graves desta variante”, afirmou o CDC. “Esta é uma área de investigação científica contínua”, indica o organismo.

Até agora, existem 9 casos confirmados desta nova variante, incluindo na Europa: três na Dinamarca, dois na África do Sul, dois nos EUA, um no Reino Unido e um em Israel. A variante foi também já detetada em águas residuais analisadas nos EUA.

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