Covid-19: Noruega adia decisão sobre retoma da vacina da AstraZeneca

A Noruega vai adiar a decisão de retomar a utilização da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, informou esta sexta-feira a emissora TV 2.

As autoridades norueguesas suspenderam a administração da vacina há duas semanas, depois do relato de um pequeno número de casos de coágulos sanguíneos, tromboses ou embolias detetadas após a inoculação.

Ontem, a Dinamarca anunciou que decidiu suspender o uso da vacina da AstraZeneca por mais três semanas, enquanto aguarda mais investigações sobre a potencial ligação entre o imunizante e os coágulos de sangue.

A Noruega e a Dinamarca são dois dos mais de dez países europeus que suspenderam o uso da vacina da AstraZeneca por razões de segurança, embora a maioria das nações tenha retomado a sua utilização após o parecer positivo da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), como é o caso de Portugal.

A EMA e depois a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmaram que os benefícios da vacina na proteção contra a covid-19 superam os possíveis riscos.

A AstraZeneca afirmou que uma revisão dos dados de segurança de mais de 17 milhões de pessoas inoculadas no Reino Unido e na União Europeia com a sua vacina não tinha mostrado provas de um risco acrescido de coágulos sanguíneos.

A Noruega relatou cinco casos em que as pessoas inoculadas com a vacina da AstraZeneca foram posteriormente internadas no hospital devido à formação de coágulos de sangue, hemorragias e plaquetas baixas. Três destas pessoas acabaram por falecer.

Uma sexta pessoa, que também recebeu a vacina, morreu devido a uma hemorragia cerebral associada a um nível baixo de plaquetas, informaram as autoridades de saúde.

A Noruega tem utilizado vacinas desenvolvidas pela Pfizer/ BioNTech e Moderna e espera utilizar a Johnson & Johnson assim que os fornecimentos se tornarem disponíveis na Europa.

O país tem tido das mais baixas taxas de infeções e mortes da Europa desde o início da pandemia, mas está agora a assistir a um rápido aumento das hospitalizações graças, em grande parte, às variantes mais contagiosas do novo coronavírus.