Covid-19 «não desapareceu miraculosamente» mas «as pessoas merecem descomprimir», diz Marcelo
«O vírus não desapareceu miraculosamente e pandemia não terminou», reiterou o Presidente da República, numa visita a uma creche na Amadora, embora convicto de que o «choque inicial está ultrapassado».
Marcelo Rebelo de Sousa frisou que teremos de continuar atentos à disseminação do novo coronavírus, prosseguindo o desconfinamento com «pequenos passos e calmamente» para «conquistar a segurança, certeza e confiança dos portugueses» e para acautelar uma eventual segunda vaga da doença.
O chefe de Estado voltou a aplaudir a atitude dos portugueses, lembrando que há quem tenha continuado a trabalhar e outros regressam hoje, com a reabertura do ensino pré-escolar. «Tudo isto é novo (…) e todos os dias estamos a aprender. Olhamos e comparamos os números (…) sempre com a preocupação de o número de internados e o número de internados em cuidados intensivos não subir de uma forma que coloque em crise o nosso sistema nacional de saúde», lembrou.
Assim, fez notar, «vamos conseguindo compatibilizar uma actividade uma actividade económica e social não igual ao que era, mas mais parecida, com a saúde pública».
Marcelo espera que a situação epidemiológica evolua favoravelmente no mês de Julho. «As pessoas merecem descomprimir em relação aos seus receios e preocupações», referiu.
Questionado sobre o pacote de medidas específicas para a região de Lisboa, sublinhou que «temos de acreditar nas autoridades sanitárias». «Se entendem que há certas medidas que devem ser tomadas durante x dias, adiando uma determinada decisão, ou deve haver intervenções específicas, temos de respeitar», pois são elas que têm «a competências e especialização», reiterou.
Portugal regista, pelo menos, 1.424 óbitos associados à Covid-19 e 32.700 casos confirmados de infecção desde 2 de Março, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
A 3 de Maio, Portugal entrou em situação de calamidade devido à pandemia, prolongada até 14 de Junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de Março.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias “France-Presse”, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 370 mil mortos e infectou mais de seis milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
*Notícia actualizada com mais informação às 15:37