Covid-19: Milhões de europeus reorganizam-se para cumprir as novas e severas restrições

Dezenas de milhões de pessoas em toda a Europa enfrentam restrições mais severas à medida que os países lutam para reduzir as crescentes taxas de infeção da Covid-19.

Um confinamento de duas semanas entra em vigor às 18 horas de sexta-feira, hora local, no País de Gales. Espera-se que todos os trabalhadores fiquem em casa, exceto os trabalhadores cuja profissão não permite o regime de teletrabalho. As restrições são as mais duras observadas no País de Gales desde a Primavera.

Novas restrições também entraram em vigor na manhã desta sexta-feira na região da Grande Manchester do norte de Inglaterra.

Itália, França, Espanha, Alemanha, Grécia e outros países estão também a introduzir recolher obrigatório, numa tentativa de conter o pico de infeções. Só em França, a medida está a afetar 46 milhões de pessoas.

A Eslováquia anunciou que, a partir de sábado, existem novos limites para a mobilidade e atividade dos cidadãos. O governo eslovaco decidiu-se, esta quinta-feira, por um encerramento parcial do país.

A Irlanda tornou-se, na quinta-feira, o primeiro país da Europa a reinstituir um confinamento nacional. As medidas irlandesas, que proíbem os ajuntamentos sociais e exigem que as pessoas trabalhem a partir de casa, a menos que estejam a prestar um serviço essencial, vão permanecer em vigor durante seis semanas.

Mesmo a Suécia, que não teve um confinamento total no início da Primavera, anunciou agora novas restrições. As discotecas serão limitadas a 50 pessoas a partir de dia 1 de Novembro, disse esta quinta-feira o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven.

A Europa duplicou o número de casos diários em dez dias. O  continente registou 200 mil novas infeções pela primeira vez na quinta-feira, de acordo com uma contagem elaborada pela agência Reuters.

A Europa está agora a reportar mais casos diários do que a Índia, o Brasil e os Estados Unidos (três dos países mais afetados) juntos. O aumento é parcialmente explicado por uma capacidade de testagem substancialmente superior àquela que se verificou na primeira vaga da doença.

Ainda assim, o ritmo de contágio está a aumentar. A covid-19 “está a circular mais rápido” do que na Primavera, avisou esta sexta-feira o conselheiro científico do Governo francês, Arnaud Fontanet.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, informou esta sexta-feira, através do Twitter, que Bruxelas vai mobilizar 100 milhões de euros para comprar 15 a 22 milhões de testes rápidos.

O novo coronavírus está a espalhar-se rapidamente pela Europa, pelo que, para travar o contágio, é necessário fazer o “máximo de testes possíveis”, daí a importância de adquirir estes kits rápidos.

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