Covid-19: Mercados emergentes deverão crescer 4,5% em 2022, indica Schroders

Os mercados emergentes deverão ter um crescimento económico mais brando em 2022, de cerca de 4,5%, apesar de estarem mais bem preparados do que há um ano para enfrentar a pandemia da covid-19, segundo uma análise hoje divulgada pela Schroders.

“Esperamos que o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] nos mercados emergentes abrande de um esperado 6,5% em 2021 para cerca de 4,5% em 2022”, refere a análise da Schroders.

O crescimento moderado dos mercados emergentes pode ser “bem compreendido” pelos mercados, que “se ajustaram em conformidade em 2021”, refere o documento, que alerta que há, no entanto, riscos geopolíticos, como eleições na Coreia do Sul, em março, ou no Brasil, em outubro.

“Ao avançarmos para 2022, é muito encorajador que a taxa de vacinação nos mercados emergentes tenha registado uma aceleração acentuada, mesmo que novas variantes, como a Ómicron, possam ainda representar um risco”, refere a análise hoje divulgada.

De igual forma, os analistas apontam também para a inflação, e o cenário de inflexão.

O analista David Rees refere que as novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2 representam um risco contínuo que é necessário acompanhar, remetendo para “a incerteza que a Ómicron ilustra” e que estas previsões podem alterar-se facilmente.

Rees sublinha que “a grande maioria” dos mercados emergentes estão perto de “inocular grandes proporções das suas populações nos próximos meses” e que isso “será certamente benéfico no que toca à recuperação económica atual”.

Ainda assim, o analista considera que “não há forma de fugir ao facto de que o crescimento económico dos mercados emergentes será mais lento em 2022”.

“Muitas das economias já recuperaram para níveis pré-pandemia, e isto torna, naturalmente, mais difícil sustentar taxas de crescimento acima da tendência. Em 2021, o crescimento tem sido lisonjeado pela baixa base de comparação do ano passado, e isto quase garante taxas de expansão mais lentas em 2022”, defendeu.

Entre os riscos para o próximo ano, os analistas destacaram “a geopolítica, novas variantes da covid-19 capazes de escapar às vacinas, um cenário em que a inflação não se prova temporária e o futuro caminho para a regulação na China”.

Quanto à dívida dos mercados emergentes, os analistas apontam que se a inflação se moderar e se se aproximar dos objetivos dos bancos centrais em 2022, “então as perspetivas para os investidores na dívida dos mercados emergentes em moeda local poderão ser muito brilhantes”.

A covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

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