Covid-19. Estes são os países em risco de ser proibidos de entrar na UE

Às portas da reabertura de fronteiras, a partir de Julho, a União Europeia (UE) irá rever quinzenalmente a situação epidemiológica de cada país, avança a “Reuters”, que cita fontes europeus e um documento que estabelece critérios que poderão manter americanos e russos de fora.

O documento em causa recomenda que se autorize a entrada de países extra-comunitários com a situação estável ou de nações com uma «situação epidemiológica comparável ou melhor» do que a Europa. O valor de referência é o número médio de novas infecções na UE – nos últimos 14 dias – por 100 mil pessoas.

Assim, com base nos critérios definidos e nos dados mais recentes do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças estão em risco de ser barrados os cidadãos vindos dos Estados Unidos, do México, da maior parte da América do Sul, da África do Sul, da Rússia, do Irão, da Arábia Saudita e, entre outros, do Afeganistão.

A “Reuters” escreve ainda que os países também deverão ser avaliados pelo número de testes realizados, por exemplo.

Esta notícia vem corroborar a informação avançada, ontem, pelo jornal “The New York Times”, que terá tido acesso a uma lista preliminar com as decisões que vão ser tomadas nesta matéria. De acordo com aquela publicação, os países da UE poderão estar a preparar-se para impedir a entrada de americanos, justificando-se com a falta de controlo dos Estados Unidos.

O país juntar-se-ia ao Brasil e Rússia que, depois dos Estados Unidos, são, por esta ordem, os países com número de casos confirmados de Covid-19 mais elevado em todo o mundo.

Ainda segundo o “The New York Times”, os países da UE estão a discutir duas potenciais listas de visitantes que consideram «aceitáveis» e ambas incluem a China, bem como nações em desenvolvimento, como Uganda, Cuba e Vietname.

A decisão final sobre a reabertura das fronteiras é esperada para o início da próxima semana.

Neste momento, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 472 mil mortos e infectou mais de 9,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa “France-Presse”, a partir de dados oficiais.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

*Notícia actualizada às 16:01