Covid-19. Especialistas e políticos reúnem-se hoje para analisar pandemia em Portugal

Na véspera do Conselho de Ministros publicar a lista de freguesias da Grande Lisboa que continuam em situação de calamidade para lá de 28 de Junho, especialistas, políticos e parceiros sociais reúnem-se esta quarta-feira, pela nona vez, na sede do Infarmed, em Lisboa, para analisar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

Além do Presidente da República, o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro, participam na sessão, às 10 horas, os líderes dos partidos políticos com representação parlamentar, as confederações patronais, as estruturas sindicais e os conselheiros de Estado por videoconferência. Juntam-se epidemiologistas da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e da Escola Nacional de Saúde Pública.

Em declarações à “TVI”, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, revelou, ontem, que são 19 as freguesias que vão continuar em estado de calamidade, isto é, mais quatro do que as anunciadas na segunda-feira pelo primeiro-ministro. Segundo Cabrita, todas as freguesias de Odivelas (Odivelas, Pontinha/Famões, Póvoa de Santo Adrião/Olival Basto, Ramada/Caneças) e Amadora (Alfragide, Águas Livres, Falagueira/Venda Nova, Encosta do Sol, Venteira e Mina de Água) continuam em estado de calamidade e o mesmo deverá acontecer em seis freguesias de Sintra (Agualva/Mira Sintra, Algueirão/Mem Martins, Cacém/ S. Marcos, Massamá/Monte Abraão, Queluz/Belas, Rio de Mouro), duas em Loures (Camarate/Unhos/Apelação e Sacavém/Prior Velho) e uma em Lisboa (Santa Clara).

Entretanto, desde a meia-noite de terça-feira, está de regresso o limite máximo de 10 pessoas por ajuntamento na Área Metropolitana de Lisboa, excepto nas situações em que pertençam ao mesmo agregado familiar, e, desta vez, o Governo determinou que podem ser aplicadas contraordenações. Existirão ainda mais polícias nas ruas reforçar a vigilância do confinamento obrigatório.

Por outro lado, todos os estabelecimentos comerciais têm de encerrar às 20 horas, à excepção dos restaurantes, não é proibida a venda de bebidas alcoólicas nas áreas de serviço ou nos postos de abastecimento de combustíveis localizados na Grande Lisboa. É ainda proibido o consumo de bebidas alcoólicas em espaços ao ar livre.

Além disso, os centros comerciais vão ser alvo de mais fiscalização no que toca à entrada, circulação e presença de pessoas por metro quadrado.

Portugal regista, pelo menos, 1.540 vítimas mortais associadas ao novo coronavírus e 39.737 casos confirmados de infecção desde o início da pandemia, de acordo com dados do último boletim epidemiológico da DGS.

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